Resistência à insulina e síndrome metabólica no diabetes melito do tipo 1

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2006-04

RESUMO

A resistência à insulina (RI) pode desempenhar um papel, na história natural do diabetes melito do tipo 1 (DM1), maior do que o habitualmente reconhecido. Nas últimas décadas, este papel se tornou mais evidente com o aumento da obesidade e da diminuição da atividade física nos jovens. Esta revisão tem como objetivo apresentar e discutir a RI nas diferentes fases do DM1, bem como a prevalência da Síndrome Metabólica (SM) nessa condição. O aumento na RI, concomitante a uma diminuição da massa de células beta, pode alterar o equilíbrio entre a sensibilidade à insulina e a secreção de insulina, e precipitar a hiperglicemia nos indivíduos com pré-DM1. A RI poderia refletir uma forma mais agressiva de doença autoimune, mediada por fatores imuno-inflamatórios, comuns a ambos os processos, que também mediassem a destruição das células beta (TNF-alfa e IL-6). Estes conceitos fazem parte da "Hipótese Aceleradora". A história familiar de DM2 e a hiperglicemia crônica (glicotoxicidade), durante a fase clínica do DM1, estão associadas a uma diminuição da captação periférica de glicose. A nefropatia diabética (ND), através da inflamação subclínica e do aumento no estresse oxidativo, contribui para a RI e o desenvolvimento da SM. A prevalência da SM no DM1 varia entre 12 a 40%, sendo mais freqüente nos pacientes com ND e controle glicêmico insatisfatório. Estes achados possuem implicações na terapêutica e no prognóstico cardiovascular dos pacientes com DM1.

ASSUNTO(S)

resistência à insulina síndrome metabólica diabetes melito do tipo 1

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