Relação entre aptidão cardiorrespiratória e adiposidade corporal em meninas

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. paul. pediatr.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2016-12

RESUMO

Resumo Objetivo: Estimar a prevalência de aptidão cardiorrespiratória baixa e sua associação com excesso de adiposidade corporal, considerando a maturação sexual e o nível econômico, em adolescentes do sexo feminino. Métodos: Estudo epidemiológico transversal com 1.223 adolescentes (10-17 anos) da rede pública de ensino de Cascavel, PR, Brasil, em 2006. Analisou-se a maturação sexual (pré-púbere, púbere e pós-púbere) autoavaliada, o nível econômico (NE) (alto e baixo) por questionário e a adiposidade corporal (normal e elevada) por dobras cutâneas do tríceps e subescapular. Aplicou-se o teste de vaivém de 20 metros para estimar o consumo máximo de oxigênio. A aptidão cardiorrespiratória foi avaliada por critérios referenciados e considerada baixa quando não atingido o critério mínimo para a saúde segundo idade e sexo. Foram aplicados o teste de qui-quadrado e a regressão logística, com nível de significância de 5%. Resultados: A prevalência de aptidão cardiorrespiratória baixa foi de 51,3% que se associou a todas as variáveis do estudo (p<0,001). Na análise bruta, as adolescentes com adiposidade corporal elevada associaram-se à aptidão cardiorrespiratória baixa, quando comparada com aquelas com adiposidade normal (RC=2,76; IC95% 2,17-3,52). Após ajuste pela maturação sexual, essa associação se manteve e mostrou efeito 1,8 vez maior (IC95% 1,39-2,46) e, após ajuste pelo NE, o efeito foi 1,9 vezes maior (IC95% 1,45-2,61). Conclusões: Aproximadamente metade dos avaliados apresentou níveis insatisfatórios de aptidão cardiorrespiratória para a saúde, o que se associou à adiposidade corporal elevada, independentemente da maturação sexual e NE. Medidas efetivas de saúde pública são necessárias, com especial atenção para grupos de maior risco.

ASSUNTO(S)

adolescente aptidão física composição corporal

Documentos Relacionados