Regeneração natural de mata em áreas de cana abandonadas no nordeste do Brasil: mudanças florísticas
AUTOR(ES)
Nascimento, Ladivania Medeiros do, Sampaio, Everardo Valadares de Sá Barretto, Rodal, Maria Jesus Nogueira, Silva, Suzene Izídio da, Lins e Silva, Ana Carolina Borges
FONTE
Biota Neotrop.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2012-12
RESUMO
Com objetivo de detectar mudanças florísticas ao longo da sucessão secundária e subsidiar futuros projetos de recuperação florestal foi realizado levantamento florístico de seis áreas de floresta secundária (capoeira) de 12 e 20 anos em Pernambuco. Foram registradas 206 espécies, sendo 136 nas capoeiras de 12 anos e 161 nas de 20 anos. Fabaceae e Myrtaceae foram as famílias mais importantes, aumentando no número de espécies com a idade de regeneração. Do total de espécies, 115 foram árvores, 48 arbustos, 16 herbáceas e 24 trepadeiras, sem diferença significativa por idade de regeneração. Análise de NMDS indicou a separação dos grupos florísticos das florestas maduras e das capoeiras, assim como a formação de subgrupos de capoeiras (SF1-2-3 e SF4-5-6) com idade de regeneração distinta. A análise de similaridade ANOSIM mostrou que os grupos formados apresentaram composição florística significativamente distintas (R = 0.96) e 63% de dissimilaridade (SIMPER). Entretanto, a presença nas capoeiras de 67 espécies em comum com as florestas maduras indicam uma tendência de convergência florística. A análise de DCA do componente arbóreo e dos outros hábitos sugere que a separação dos subgrupos por idade estaria correlacionada com variáveis edáficas físicas e químicas. Todos esses resultados indicam que, numa análise de cronossequência, não apenas o tempo de abandono, mas todas as variáveis ambientais influenciam a velocidade e direção de formação da composição florística durante a sucessão secundária.
ASSUNTO(S)
capoeira flora vascular sucessão secundária
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