Reflexões sobre gênero e etnicidade nos cenários e repertórios de participação política no Vaupés colombiano

AUTOR(ES)
FONTE

Horiz. antropol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-09

RESUMO

Resumo O artigo propõe uma leitura do movimento político indígena no Vaupés, considerando a década de 1970 como ponto de partida e chegando até meados da década de 2010, atentando para o processo de configuração da primeira organização regional, seguindo com a titulação do resguardo e passando pelas mudanças trazidas com a Constituição política da Colômbia em 1991. A análise chama a atenção para articulação entre as mudanças legais e administrativas do território e as mudanças nas relações de gênero nesse processo, salientando como alguns espaços e práticas da política regional vão se constituindo e consolidando como masculinas, enquanto que outros significantes e repertórios, considerados masculinos em termos de pertencimento étnico, passam a estar disponíveis para o exercício político das mulheres. Assim, várias representações de etnicidade feminina são acionadas em foros políticos, e o território cobra valor para além da origem ancestral, enquanto sustento dos direitos e da organização política.

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