Refletindo sobre as redes sociais no cuidar e educar em contextos de famílias com filhos menores de seis anos de idade / Reflecting on the social networks on the care and education in the contexts of families with children younger than six years of age

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

29/06/2011

RESUMO

Diante das várias mudanças da família ao longo do seu ciclo de vida, o apoio das redes sociais é fundamental ao enfrentamento de transições, como o cuidar e educar filhos de 0 a 6 anos de idade, pois, neste estágio, muitos são os problemas enfrentados pela família. As redes de apoio social formal ou informal podem possibilitar o alcance de maior equilíbrio na conciliação das atividades laborais e familiares. No entanto, nem sempre se pode contar com o apoio dessas redes sociais, buscando-se, muitas vezes, alternativas que influenciam na própria estrutura familiar, como a renúncia de um dos cônjuges pela sua participação no mercado de trabalho. Assim, este estudo descreve a morfologia das redes sociais acionadas pelas famílias com filhos pequenos e seu papel na vida familiar de docentes de instituição de ensino público federal, que chegaram à cidade de Bambuí, MG, desde o ano de 2006. E esse foi o problema do estudo: Qual papel as redes sociais exercem no cuidado e educação das crianças menores de 6 anos de idade das famílias com filhos pequenos, representadas pelos servidores do IFMG Campus Bambuí? e em que situações essas famílias recorrem às redes sociais e qual sua adequacidade no suporte às famílias? A pesquisa, de natureza qualitativa, descritiva e compreensiva, fez uso de entrevista a 19 pais com filhos menores de 6 anos de idade, incluídos no quadro de efetivos do IFMG Campus Bambuí, desde o ano de 2006. Os resultados apontaram que as Instituições de Educação Infantil, enquanto rede social formal, tiveram grande destaque em relação às outras redes formais, como o cuidador pago, porém, apesar de sua importância e demanda crescente pelos seus serviços, as IEIs da cidade de Bambuí são em número reduzido, não oferecendo alternativas ao seu público-alvo, que são as famílias com pais profissionais e filhos menores de idade. As redes sociais interferiam no cotidiano das famílias, contribuindo para um melhor equilíbrio e funcionamento da vida familiar. A inexistência e, ou, limitações desse suporte às famílias reforçam os papéis estereotipados de gênero, quando o cuidado é visto como função da mulher-mãe. Essa discussão abrange aspectos comportamentais dos docentes perante a interface trabalho remunerado e sua família, com reflexos na qualidade de vida da família e do trabalho.

ASSUNTO(S)

redes sociais famílias-crianças cuidar-educar economia domestica social networks families with children care and education

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