Redução das desigualdades na mortalidade infantil na região Sul do Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Revista de Saúde Pública

DATA DE PUBLICAÇÃO

2002-08

RESUMO

OBJETIVO: Determinar as tendências da mortalidade infantil de 1995 a 1999, segundo a escolaridade materna, medidas em base geográfica, em Porto Alegre, Brasil. MÉTODOS: Estudo baseado em dados secundários de um banco de dados municipal, criado em 1994. Todos os nascidos vivos (119.170 nascimentos) e óbitos infantis (1.934 óbitos) foram considerados. Foram definidas cinco diferentes áreas geográficas segundo os quintis de percentagem de escolaridade materna baixa (menos de seis anos de estudo): alta, médio-alta, média, média-baixa e baixa escolaridade. Foi usado o teste do qui-quadrado para tendências de comparação das taxas entre as áreas. Foi calculada a razão de incidências pela regressão de Poisson para identificar excesso de mortalidade infantil nas áreas mais pobres, em comparação com as mais ricas. RESULTADOS: A taxa de mortalidade infantil decresceu de 18,38 por 1.000 nascidos vivos em 1995 e para 12,21 em 1999 (qui-quadrado para tendência p<0,001). Ambos os componentes neonatal e pós-neonatal foram reduzidos, embora a queda pareceu ser mais intensa no componente pós-neonatal. A maior redução foi observada nas áreas mais pobres. CONCLUSÃO: a redução nos componentes de mortalidade neonatal e pós-neonatal em área de mais baixa escolaridade materna.

ASSUNTO(S)

iniqüidade na saúde mortalidade infantil coeficiente de mortalidade mortalidade neonatal (saúde pública) taxas de escolaridade feminina

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