Redução da mobilidade funcional e da capacidade cognitiva no diabetes melito tipo 2
AUTOR(ES)
Ferreira, Mari Cassol, Tozatti, Joana, Fachin, Silvia Maria, Oliveira, Patricia Pereira de, Santos, Rosa Ferreira dos, Silva, Maria Elisabeth Rossi da
FONTE
Arq Bras Endocrinol Metab
DATA DE PUBLICAÇÃO
2014-12
RESUMO
Objetivos Avaliar a mobilidade funcional e sua relação com a capacidade cognitiva em pacientes com diabetes tipo 2 (DM2) entre 50 e 65 anos de idade, e com menos de 10 anos de diagnóstico. Materiais e métodos Estudo observacional, analítico e transversal envolvendo indivíduos não diabéticos e pacientes com DM2 com controle glicêmico inadequado, selecionados por amostra de conveniência. Em ambos os grupos, foram aplicados questionário estruturado, avaliação cognitiva com Miniexame do Estado Mental (MEEM) e teste do relógio (TDR), além da avaliação de mobilidade funcional pelo teste Timed Up & GO (TUG). Resultados No TUG os pacientes com DM2 apresentaram tempo médio de 11,27 segundos versus 9,52 segundos nos controles (p = 0,013). A associação entre declínio cognitivo e dismobilidade foi positiva nos indivíduos com DM2 (p = 0,037). No subgrupo que apresentou dismobilidade e declínio cognitivo associados, 18% eram portadores de DM2 e 1,6% era do grupo sem DM2 (p < 0,01). Conclusões Pacientes com DM2 apresentaram pior mobilidade funcional e desempenho cognitivo, favorecendo a hipótese de que o DM2 influencia a mobilidade funcional e capacidade cognitiva antes do aparecimento de complicações vasculares ou neuropáticas. Esses dados sugerem que a hiperglicemia é um fator agravante no desempenho de atividades que exijam funções mentais como atenção, orientação e memória de trabalho. Arq Bras Endocrinol Metab. 2014;58(9):946-52
ASSUNTO(S)
diabetes tipo 2 cognição acidentes por quedas aptidão física
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