Rede social de um grupo de portadores de esquizofrenia seguidos em um serviço de saúde mental na comunidade / A social network of schizophrenia carriers followed by a mental health service in the community.

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2011

RESUMO

As políticas de saúde mental apresentam uma tendência de propor a inclusão do portador de transtorno mental crônico na sua comunidade. É importante estudar as redes sociais desses portadores, para compreender a realidade social e apreender a complexidade das relações e interações sociais presentes nos processos que estruturam a sociabilidade do portador de transtorno mental crônico. OBJETIVO: descrever a rede social de portadores de esquizofrenia atendidos no Ambulatório de Saúde Mental de Serrana. METODOLOGIA: pesquisa descritiva, que utilizou questionário abordando as variáveis sócio-demográficas e do tratamento, o genograma e o ecomapa como instrumentos de coleta. Os dados foram organizados em um banco de dados do Excel, e transportados para o EpiInfo versão 3.5.1 (CDC, 2008) e submetidos a análise descritiva. RESULTADOS: Foram entrevistados 41 portadores, a maioria constituída por homens, solteiros. Os pontos de apoio da rede social identificada foram: o serviço ambulatorial, o trabalho, a família e 17 locais da cidade freqüentados pelos portadores entrevistados. O ambulatório e o trabalho não foram citados como ponto importante da rede. A família é a instituição mais citada e todos os entrevistados tem contato com sua família. DISCUSSÃO: Observou-se nesta pesquisa que o adoecimento causa inúmeras limitações no portador de esquizofrenia, descrevendo uma rede social frágil, apoiada na família. Estes aspectos devem ser considerados nas equipes que prestam assistência em serviços de base comunitária. Apesar dessas limitações dos serviços, a Reforma Psiquiátrica tem conseqüências positivas, pois essas pessoas conseguem ficam em um ambiente com maiores possibilidades de interações pessoais satisfatórias. Mesmo que os portadores tenham limitações devido ao adoecimento, conseguem ter uma rede social, às vezes menor, mas que normalmente contribui no convívio diário. Conclusão: Esta pesquisa descreveu a rede social do portador de esquizofrenia que faz tratamento ambulatorial de base comunitária. O estudo restringe-se somente a um serviço de saúde mental, no entanto permitiu algumas reflexões importantes sobre os avanços obtidos com a Reforma Psiquiátrica e sobre o trabalho da equipe de saúde mental. As utilizações do genograma e do ecomapa se mostraram muito úteis no desenvolvimento da pesquisa. Estes instrumentos são de fácil utilização e facilitam a interação pesquisador com os participantes

ASSUNTO(S)

esquizofrenia mental health rede social saúde mental schizophrenia social network

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