Recuperação e purificação de ramnolipídeos produzidos por pseudomonas aeruginosa P029-GVIIA utilizando melaço de cana como substrato

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

29/12/2010

RESUMO

Os biossurfactantes são produzidos por microrganismos, principalmente, bactérias do tipo Pseudomonas e Bacillus. Entre os biossurfactantes, o rhamnolipídeo é o mais estudado devido as suas propriedades tensoativas e emulsificantes. Apesar do processo biotecnológico de produção de biossurfactante, já tenha sido estabelecido há alguns anos, o alto custo de produção e o caro processo de downstream têm impedido sua ampla utilização. Deste modo, os últimos estudos estão concentrados na identificação de potenciais surfactantes, na avaliação de suas propriedades e na otimização dos processos fermentativos para sua produção, bem como das etapas de purificação. Assim, o presente estudo tem como objetivo desenvolver estratégias para a recuperação e purificação de ramnolipídeos produzidos por Pseudomonas aeruginosa P029-GVIIA utilizando melaço de cana como substrato. Com o caldo fermentado livre de células estudou-se as melhores técnicas de recuperação e purificação do biossurfactante produzido para este sistema. Dentre os ácidos estudados (HCl e H2SO4) para a etapa de precipitação ácida o HCl foi o que obteve melhor resultado através de um planejamento experimental 24. A extração foi realizada com o éter de petróleo e a quantificação através do método do ácido tioglicólico. Estudos de adsorção foram realizados com carvão ativado tanto em batelada através de um planejamento experimental 24 como em leito fixo com carvão ativado e o seu efeito combinado com uma resina de interação hidrofóbica Streamline Phenyl, com a finalidade de separar o biossurfactante produzido. Para a identificação parcial foi utilizada a cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). Os ensaios em batelada mostraram que a adsorção é governada pelo pH e pela temperatura. A redução da concentração de ramnolipídeo para a fase liquida foi de 41,4% e para a fase sólida, foi possível adsorver os biossurfactantes na proporção de 15 mg de ramnolipídeo/ g de carvão. A cinética em batelada foi ajustada ao modelo cinético de pseudo-primeira ordem obtendo o valor da constante de velocidade k1= 1,93 x 10-2 min.-1. Os ensaios em leito fixo variando a concentração da acetona (eluente), obteve fator de recuperação de ramnolipídeo de 98% de recuperação foi para a acetona pura. O efeito combinado em leito fixo do carvão ativado com a resina de interação hidrofóbica mostrou-se eficiente na purificação de ramnolipídeos. Foi possível purificar uma fração do caldo bruto, cuja pureza atingiu 98% ao se utilizar o eluido do carvão ativado com acetona pura

ASSUNTO(S)

engenharia quimica biossurfactante pseusdomonas aeruginosa melaço ramnolipídeos carvão ativado leito fixo biosurfactants pseusdomonas aeruginosa molasses rhamnolipds activated carbon packed bed

Documentos Relacionados