REATORES DE DISCOS ROTATIVOS E TUBULAR HELICOIDAL NA DEGRADAÇÃO FOTOCATALÍTICA DE DICLOFENACO E CARGA ORGÂNICA DE EFLUENTE HOSPITALAR / ROTATIVE DISCS AND TUBULAR HELICOIDAL REACTORS IN THE PHOTOCATALYTIC DEGRADATION OF DICLOFENAC AND ORGANIC LOAD OF HOSPITAL EFFLUENT

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

Neste trabalho estudou-se a aplicação de processo avançado de oxidação via fotocatálise heterogênea, na degradação de diclofenaco e da carga orgânica do efluente do Pronto Atendimento do Hospital Universitário de Santa Maria (PA-HUSM). Para isto foram utilizados dois fotorreatores, sendo um deles de discos rotativos, com TiO2 imobilizado em discos de cerâmica e capacidade de 1800 mL; e, o outro, tubular helicoidal, com TiO2 em suspensão e capacidade de 1000 mL. Em ambos os fotorreatores foi utilizada radiação emitida por lâmpada de vapor de mercúrio de média pressão (125 W e 401 W m-2). A fim de medir o fluxo de fótons emitido pela lâmpada foi utilizado o actinômetro ferrioxalato de potássio. Os fluxos de fótons medidos foram de 2,22x10-6 1,30x10-7 mol s-1 e 1,77x10-6 1,45x10-7 mol s-1 para os reatores de discos rotativos e tubular helicoidal, espectivamente. Foi feita a adequação da eficiência dos reatores por meio da redução da demanda química de oxigênio (DQO), aplicando-se metodologia de superfície de resposta (RSM). Ambos os fotorreatores foram mantidos à temperatura de 30 C e o tempo de tratamento foi de 60 min. Para o fotorreator de discos rotativos, a melhor condição otimizada foi em pH 5 e 9 rpm, obtendo-se abatimento de 30% da DQO. No fotorreator tubular helicoidal obteve-se redução de 45% da DQO utilizando-se pH 3, suspensão de 600 mg L-1 de TiO2 e taxa de recirculação de 15 L h-1. A eficiência fotônica foi menor no fotorreator de disco rotativos 2,69 0,23%, comparada com 10,54 0,37% do fotorreator tubular helicoidal. A eficiência de degradação do diclofenaco no efluente hospitalar foi avaliada através de determinação analítica por cromatografia líquida com detector de arranjo de diodos (HPLC-DAD), lmáx = 279 nm, fase móvel MeOH:tampão Na3PO4 0,01 mol L-1(H3PO4, pH 6), na proporção de 70:30. O diclofenaco adicionado ao efluente hospitalar (0,1 mg L-1) foi 100% degradado utilizando-se o fotorreator de discos rotativos, e, usando-se o fotorreator tubular helicoidal, a degradação do diclofenaco foi de 97%. A determinação de diclofenaco no efluente hospitalar foi feita por HPLC-DAD, em amostras coletadas durante 7 dias. As concentrações de diclofenaco variaram de 0,8 a 3,6 mg L-1, com média de 1,7 mg L-1. A toxicidade aguda (LC50) do efluente hospitalar e de soluções de diclofenaco foi avaliada por meio de teste com o bioindicador Artemia salina. A inibição da toxicidade aguda no tratamento do efluente hospitalar utilizando-se o fotorreator de discos rotativos foi de 58%; e, de 55%, com o fotorreator tubular helicoidal. Nos ensaios de toxicidade com soluções aquosas de diclofenaco não ocorreu mortalidade da Artemia salina, o que demonstra que este fármaco não apresenta toxicidade aguda para esse bioindicador, entretanto não são conhecidos os efeitos de toxicidade crônica pra este bioindicador.

ASSUNTO(S)

química efluentes hospitalares quimica fotorreatores química analítica

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