Qualidade física de um rejeito de bauxita após uma década de recuperação ambiental

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Ciênc. Agron.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2018-06

RESUMO

RESUMO Os rejeitos da lavagem da bauxita produzidos em Porto Trombetas, Pará, no interior da Amazônia brasileira, possuem características químicas e físicas limitantes ao desenvolvimento de plantas, o que dificulta a revegetação dos tanques onde são depositados. Este trabalho, realizado em condições de campo, avaliou a qualidade física desses rejeitos após uma década de práticas de recuperação. Três tratamentos foram avaliados: sem aplicação de insumos e plantio de mudas (T1) e dois níveis de fertilização, um com as menores (T2) e outro com as maiores (T3) doses de calcário e adubos associadas ao plantio de mudas de espécies arbóreas. Decorridos dez anos de experimentação, a resistência à penetração (RP) e a umidade do substrato, até 60 cm de profundidade, foram avaliadas e o Intervalo Hídrico Ótimo (IHO), curva de retenção de água (CRA) e distribuição de poros por classes de diâmetro foram determinados e calculados. Após uma década de recuperação ambiental, foi possível verificar diferenças nas características físicas do rejeito em função das diferentes formas de revegetação. A umidade no perfil do substrato, o IHO, a CRA e a distribuição de poros foram indicadores sensíveis às variações na qualidade física dos substratos. A calagem, a adubação e o plantio de mudas são necessários para a revegetação e melhoria da qualidade física do rejeito. O tratamento T3 é a melhor intervenção identificada até o momento para a revegetação dos tanques. A ausência de adubação e plantio impossibilita a revegetação, mesmo existindo fontes de propágulos nas proximidades.

ASSUNTO(S)

revegetação mineração regeneração natural

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