Qualidade e avaliação energética do carvão vegetal dos resíduos do coco babaçu para uso siderúrgico

AUTOR(ES)
FONTE

Ciênc. agrotec.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-10

RESUMO

O Brasil é o único país no mundo que utiliza, em grande escala, o carvão vegetal nos altos fornos siderúrgicos. Contudo, os plantios homogêneos de Eucalyptus não são capazes de suprir a demanda de carvão vegetal das siderúrgicas. Por isso, são necessárias pesquisas visando ao aproveitamento de resíduos lignocelulósicos, para a produção de carvão vegetal com propriedades tecnológicas adequadas à redução do minério de ferro. Dessa forma,objetivou-se, neste trabalho, avaliar a qualidade do carvão vegetal da casca do coco babaçu, destinado ao uso siderúrgico, em função da temperatura final de carbonização. Foram utilizadas, conjuntamente, as três camadas constituintes da casca do coco babaçu (epicarpo, mesocarpo e endocarpo). A temperatura inicial do ensaio foi de 100ºC e as temperaturas finais foram de 450ºC, 550ºC, 650ºC, 750ºC e 850ºC. Para os carvões produzidos, foram determinadas as seguintes propriedades: densidade relativa aparente, densidades energéticas e estoque de carbono fixo, além das composições químicas (imediata e elementar) e os poderes caloríficos (superior e inferior). O carvão vegetal da casca do coco babaçu apresentou elevados valores de densidade aparente e de densidade energética e é passível de substituir o carvão mineral e o carvão vegetal de madeira na siderurgia. O efeito da temperatura final de carbonização foi pronunciado para todas as características avaliadas, com exceção do teor de nitrogênio. A casca do coco babaçu deve ser carbonizada em temperaturas superiores a 550ºC, para que o carvão vegetal produzido possa ser utilizado nos altos fornos siderúrgicos.

ASSUNTO(S)

biomassa alternativa energia renovável biorredutor carbonização

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