Qual a orientação para a aplicação da mistura de insulina NPH com insulina regular?
AUTOR(ES)
Núcleo de Telessaúde Santa Catarina
FONTE
Núcleo de Telessaúde Santa Catarina
DATA DE PUBLICAÇÃO
12/06/2023
RESUMO
A mistura de insulina permite maior flexibilidade de dose, porém requer mais destreza dos pacientes do que o uso de insulina pré-misturada(1). A escolha do sistema de administração de insulina depende da preferência, necessidade pessoal(1) e o objetivo da intervenção terapêutica. Quando o médico prescreve mistura de insulina de ação intermediária (NPH –N) com insulina de ação rápida (Regular – R) o objetivo é melhorar o tratamento com as ações complementares destas insulinas, numa mesma aplicação (2, 3, 4). Esse procedimento diminui o número de injeções, porém requer habilidade, conhecimento da técnica e atenção especial do usuário (3).
Existem à disposição do mercado, preparações de insulinas pré-misturadas em diferentes proporções, mas nem sempre elas são adequadas às necessidades do paciente ou estão disponíveis na rede pública de saúde. Dessa forma, é comum na prática clínica o preparo de dois tipos de insulina na mesma seringa. Este procedimento diminui o número de injeções
. Em caso de combinação de insulina NPH com insulina Regular, aspirar antes a insulina de ação curta (regular) para que o frasco não se contamine com a insulina de ação intermediária (NPH) (2). A mistura de NPH com Regular pode ser realizada e utilizada imediatamente ou armazenada para uso até 30dias. Recomenda-se dar preferência pela aplicação imediata após o preparo e se possível pelo próprio usuário, capacitado, para evitar instabilidade do produto e redução do efeito esperado. Não há exigência para que a aplicação da mistura da insulina seja feito por um profissional de saúde. A mistura de insulinas pode ser feita pelo próprio usuário, pois o autocuidado fortalece a autonomia do mesmo (5). O que é necessário é orientar o usuário a realizar a assepsia dos frascos e do local, aspirar primeiro a Insulina Regular para depois a NPH, pois fazendo o contrário, os cristais da NPH podem entrar no frasco da Regular, reduzindo a sua atividade (3).
(2,5)
O tratamento do diabetes visa manter um bom controle metabólico, diminuir as internações por complicações agudas (hipoglicemia e cetoacidose), prevenir ou postergar as complicações crônicas (microvasculares e macrovasculares), diminuir a ocorrência de problemas psicossociais (depressão, transtornos alimentares, desajuste social) e estimular a adoção de hábitos de vida saudáveis
. O modelo de atenção às condições crônicas poderia contemplar dois grandes campos:
No sistema de atenção à saúde, recomendam-se mudanças na organização da atenção à saúde, nos sistemas de informação clínicos e no autocuidado apoiado. Na comunidade, as mudanças estão centradas na articulação dos serviços de saúde com os equipamentos sociais e recursos de apoio à comunidade. Esses campos de atuação intersetorial e interdisciplinar permite desenvolver pessoas e equipes informadas e proativas preparadas para produzir melhores resultados sanitários e funcionais para a população (
. Além disso, o apoio da equipe NASF poderá auxiliar as equipes de SF nas orientações e articulações intersetoriais, com equipes de atenção especializada e outros pontos de atenção para orientação sobre uso da insulina, seu armazenamento em domicílio, sobre autocuidado, sobre a técnica de mistura, fortalecendo a autonomia do usuário
.
ASSUNTO(S)
cuidados de enfermagem enfermeiro t50 medicação / prescrição / pedido / renovação / injeção t89 diabetes insulinodependente diabetes mellitus insulina a - estudos experimentais ou observacionais de melhor consistência d - opinião desprovida de avaliação crítica/baseada em consensos/estudos fisiológicos/modelos animais
ACESSO AO ARTIGO
https://aps-repo.bvs.br/aps/qual-a-orientacao-para-a-aplicacao-da-mistura-de-insulina-nph-com-insulina-regular/Documentos Relacionados
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