PurificaÃÃo, caracterizaÃÃo e propriedades biolÃgicas de lectinas do equinodermo Holothuria grisea / Purification, partial characterization and biological properties of lectins from marine invertebrate Holothuria grisea

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

14/12/2010

RESUMO

Lectinas foram detectadas em fraÃÃes protÃicas do pepino do mar Holothuria grisea. As fraÃÃes obtidas da precipitaÃÃo com acetona 1,0 vol. e sobrenadante 2,0 vol. apresentaram maior atividade aglutinante/hemolÃtica para eritrÃcitos humanos do tipo A papainizados. A primeira lectina, denominada HGA, foi purificada do precipitado da fraÃÃo 1,0 vol. por meio de cromatografia de FiltraÃÃo em Gel TSK seguido de troca iÃnica em DEAE Sepharose ambas realizadas em sistema HPLC/FPLC ÃKTA pÃrifier. A segunda lectina purificada, denominada HGL, foi isolada do sobrenadante da FraÃÃo 2,0 vol por cromatografia de filtraÃÃo em Gel TSK. Estas Lectinas foram fortemente inibidas pela glicoproteÃna mucina e nÃo se mostraram dependentes de Ãons metÃlicos. Suas Mr nativas foram estimadas por cromatografia de filtraÃÃo em gel TSK em 16,8 kDa para HGL e 228 kDa para HGA. Quando analisadas por SDS-PAGE, apresentaram Mr de 15,6 kDa (HGL) e 105 kDa (HGA), nÃo sofrendo alteraÃÃes na presenÃa de β-mercaptoetanol. Em modelos experimentais de inflamaÃÃo, a lectina HGA foi capaz de inibir a migraÃÃo de neutrÃfilos para a cavidade peritoneal induzida por carragenina em 68% na dose de 1mg/kg. No ensaio de peritonite induzida por Ãcido acÃtico um efeito antinociceptivo significativo foi observado por tratamento com HGA (0,1, 1 e 10 mg/kg), reduzindo as constriÃÃes em 27%, 90% e 84% respectivamente. No teste de formalina HGA apresentou efeito antinociceptivo apenas na fase inflamatÃria. No teste de chapa quente HGA nÃo mostrou efeito nociceptivo. Nos testes rota-rod e de campo aberto HGA nÃo alterou o comportamento do animal. O tratamento com HGA 10 mg / kg i.v. induziu a diminuiÃÃo na atividade da MPO (81,6% de inibiÃÃo) e elevou os nÃveis circulantes de NO em 50,4% . HGA tem demonstrado a capacidade de modular a resposta inflamatÃria em modelos de inflamaÃÃo in vivo. HGA à a primeira lectina de invertebrados marinhos que apresentou um efeito antiinflamatÃrio. A lectina HGL foi investigada quanto sua toxidade sobre artemias em conjunto, de forma comparativa, com extratos aquosos de vÃrios invertebrados marinhos e uma lectina com aÃÃo antitumoral da esponja marinha C. varians. Neste ensaio HGL apresentou um elevado efeito tÃxico com um LC50 de 9,5 μg/ml. Os dados obtidos atà o presente momento indicam que as lectinas purificadas e estudadas neste trabalho possuem um grande potencial de utilizaÃÃo como ferramenta de estudo para melhor compreensÃo dos mecanismos envolvidos nas respostas inflamatÃrias, nos eventos moleculares da inflamaÃÃo, reconhecimento especÃfico e tÃxico sobre patÃgenos. Consequentemente, indicando tambÃm a espÃcie Holothuria grisea como fonte potencial de outras lectinas e molÃculas bioativas de interesse biotecnolÃgico.

ASSUNTO(S)

antiinflamatÃrio hemÃlise holothuria grisea lectinas bioquimica citotoxidade lectins holothuria grisea hemolysis inflammatory cytotoxicity equinodermos - quÃmica lectinas - quÃmica mediadores da inflamaÃÃo hemÃlise - efeitos de drogas

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