Progressão da doença e desfechos obstétricos em mulheres portadoras de esclerose múltipla em um centro de referência no Nordeste brasileiro
AUTOR(ES)
Barros, Gabrielle Maria Carvalho de; Oliveira, Bianca Etelvina Santos de; Oliveira, Gabriela Januário; Silva, Rômulo Kunrath Pinto; Cardoso, Thiago Nóbrega; Maia, Sabina Bastos
FONTE
Rev. Bras. Ginecol. Obstet.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2021-03
RESUMO
Resumo Objetivo Descrever os desfechos obstétricos de pacientes com esclerose múltipla (EM) e o impacto da gravidez e do período pós-parto na progressão da doença. Métodos Uma série de casos realizada entre dezembro de 2019 e fevereiro de 2020, que retrata gestações ocorridas entre 1996 e 2019. As pacientes incluídas neste estudo foram mulheres com EM, que realizam acompanhamento em um centro de referência em EM no Nordeste do Brasil, e que tiveram ao menos uma gestação após o início dos sintomas da EM, ou tiveram o primeiro surto da doença no ano posterior ao parto. Resultados No total, 26 mulheres e 38 gestações foram avaliadas – dentre as quais, 32 resultaram em partos, e 6, em abortamentos. Houve um aumento significativo na prevalência de surtos durante o pós-parto quando comparado com o período gestacional. Em 16 (42,1%) das gravidezes, houve exposição a terapias modificadoras da doença (TMDs) – 14 (36,8%) a β-interferona, e 2 (5,3%) a fingolimode. As taxas de abortamento, prematuridade e baixo peso ao nascer foram mais elevadas no grupo exposto às TMDs quando comparado com o não exposto. Conclusão Na amostra deste estudo, houve um aumento significativo na taxa de surtos da EM durante o período pós-parto quando comparado com o período gestacional. Além disso, a exposição às TMDs durante a gestação pode afetar os desfechos obstétricos das pacientes.
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