Programa IBE Promising Strategies 2008: "Epilepsia nas Escolas: Ensinando os Professores" - plano educacional da Associação Brasileira de Epilepsia com professores de educação básica
AUTOR(ES)
Guilhoto, Laura, Martins, Heloise, Vidal-Dourado, Marcos, Almeida, Erika, Mesquita, Sueli, Tavares, Carlos, Lin, Katia, Alexandre Jr., Veriano, Castro, Alzira, Masuko, Alice, Mendonça, Adriana, Martins, Maria Helena, Galvez, Marcos, Camarinho, Marluce, Mateus, Natalina, Jurjuck, Rose, Yacubian, Elza Márcia
FONTE
Journal of Epilepsy and Clinical Neurophysiology
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010
RESUMO
OBJETIVOS: Avaliar através de questionários o conhecimento obtido pela ação educativa com professores de Educação Básica intitulada "Epilepsia nas Escolas: Ensinando os Professores" no programa "Promising Strategies 2008" do International Bureau for Epilepsy realizado pelo capítulo oficial brasileiro, a Associação Brasileira de Epilepsia (ABE). MÉTODOS: Questionário foi desenvolvido pela ABE com 35 questões objetivas abrangendo os tópicos: conceitos e definições da epilepsia (10); tratamento e reações adversas de medicações antiepilépticas (10); atividades físicas e profissionais da pessoa com epilepsia (PCE) (5); conhecimento popular estigmatizante (5); cuidados básicos durante e após a crise (5). O questionário foi aplicado antes (Fase 1) e depois (Fase 2) da palestra "Epilepsia: Causas, Sintomas e Conduta" por aula presencial (AP) e videoconferência (VC) na "Rede do Saber" (http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/NotíciasConteúdo/tabid/369/language/pt-BR/IDNoticia/851/Default.aspx). Os resultados foram comparados a um grupo controle de 66 professores que não assistiram à aula sobre epilepsia. RESULTADOS: Aula presencial foi ministrada em quatro cidades brasileiras e VC foi transmitida a 74 cidades do estado de São Paulo, incluindo a capital, esta última com 12 sítios de transmissão. Foram instruídos 1.153 educadores por AP 25% (288) e VC 75% (865). A maioria (78,5%) era do sexo feminino, com idades de 18 a 68 anos (média 41,4); 76,6% cursaram ensino superior e 21,1%, pós-graduação; 50% afirmou conhecer PCE. A média de acertos na fase 1 em AP foi de 78,4% (±10,1) e VC, 79,8% (±8,6) e na fase 2 em AP 86,5% (±6,4) e VC, 86,8% (±7,1), refletindo aumento do conhecimento na fase 2 (p<0,001) nas 2 estratégias (grupo controle: fase 1, 78,2%±7.4; fase 2, 79,6%±8.6; p>0,05). A comparação da variação da ação conjunta (AP+VC) entre fase 1 (79,5%,±8,6) e 2 (86,8%,±6,8) foi de 9,9%±13,9 (p<0,001) (grupo controle 2.3%±10.2; p<0,001, comparado a CC+VC). Os tópicos "conhecimento estigmatizante" e "cuidados básicos" tiveram menor índice de acerto na fase 1 (AP+VC), 74,6% e 72,8%, respectivamente (grupo controle 78,8±10,2 e 67,9±17,5). No entanto, o maior ganho (35,6%) na fase 2 se deu em "cuidados básicos" (grupo controle 0,8±27,2, p<0,001) e o menor (0,1%), em "conhecimento estigmatizante" (grupo controle 1,7±26,4, p>0,05). Houve significante variação do tópico "cuidados básicos" em AP 41,1% comparada à VC 33,3% (p=0,009). CONCLUSÃO: A ação educativa da ABE mostrou bom aproveitamento dos educadores sem diferenças significativas entre os modos de divulgação (AP/VC), porém AP foi mais eficiente em ensinar cuidados básicos na crise epiléptica. O tópico "Conhecimento Popular Estigmatizante sobre Epilepsia" não mostrou aumento após a aula, sendo necessários esforços conjuntos em pesquisa e planejamento estratégico nessa área.
ASSUNTO(S)
educação epilepsia questionário professores escola
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