Programa de autogerenciamento da dor crônica no idoso: estudo piloto
AUTOR(ES)
Santos, Fania Cristina, Polianna Mara Rodrigues de, Souza, Nogueira, Silvana Angélica Coelho, Lorenzet, Isabel Clasen, Barros, Bianca Figueiredo, Dardin, Luciana Paula
FONTE
Revista Dor
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011-09
RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O programa de autogerenciamento da dor (AGD) inclui educação sobre dor, treinamento para identificação e modificação de pensamentos negativos, estabelecimento de metas, exercícios de relaxamento e terapias físicas com o objetivo de reduzir a dor, melhorar o humor e o funcionamento psicossocial. O objetivo foi avaliar o desenho metodológico e sua viabilidade em estudar a eficácia do AGD no tratamento da dor crônica em idosos e, secundariamente, avaliar sua eficácia comparando-o a um método educativo controle MÉTODO: Foram avaliados os aspectos sociodemográficos, aspectos sobre a dor crônica e sua mensuração, impacto em funcionalidade, qualidade de vida, cognição e emoção utilizando-se: avaliação sociodemográfica, escala analógica visual (EAV) de dor, "Geriatric pain measurement" (GPM), escala de Katz e de Lawton (avaliação de funcionalidade), mini-exame do estado mental (MEEM), Geriatric Depressive Scale (GDS) e SF-36. RESULTADOS: Foram incluídos 20 indivíduos (12 no G1/intervenção e 8 no G2/controle), todos do gênero feminino, com idade média 73,7 no G1 e 78,2 no G2. A intensidade média de dor ao início do estudo foi 18,6mm no G1, e 16,6mm no G2, quando utilizada a EAV e pontuação média de 21,8 no G1 e 19,7 no G2, utilizando-se o GPM. Ao final do estudo a intensidade média de dor segundo a EAV foi 16,7 mm no G1 (p = 0,342) e 41,2 mm no G2 (p = 0,006). A pontuação com o GPM foi 19,7 no G1 (p = 0,400) e 25,8 no G2 (p = 0,346). As pontuações pela escala Katz foi 5,8 no início e 5,9 no final do estudo no G1 com 5,4 no início e 5,6 no final no G2 (p = 0,198). Pela escala de Lawton houve melhora funcional estaticamente significante no G1 (p = 0,040), o mesmo não ocorrendo no G2 (p = 0,148) e a diferença entre os grupos foi significante (p = 0,032). Os valores médios obtidos com os tratamentos propostos pela SF-36 não diferiram significativamente entre os grupos. CONCLUSÃO: A intervenção de AGD melhorou a independência funcional do idoso, para as atividades instrumentais de vida diária, e demonstrou tendência em melhorar a intensidade da dor e qualidade de vida.
ASSUNTO(S)
dor idoso gerenciamento tratamento