Produção e suplementação com α-amilase de Cryptococcus flavus e Aspergillus niger HM2003 na dieta de frangos de corte de um a 21 dias de idade / Production and supplementation of α-amylase from Cryptococcus flavus e Aspergillus niger HM2003 in broiler diets to one and 21 days of age

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

A suplementação da enzima α-amilase é importante para desenvolvimento do pâncreas e para digestão do amido resistente em aves. Produziu-se extrato contendo α-amilase com Cryptococcus flavus com meio do extrato de levedura comercial e ração pré-inicial e com Aspergillus niger HM2003 com meio de proteína de soja e amido comercial. A α-amilase do Cryptococcus flavus foi caracterizada apresentando boa estabilidade em pH (3,0 a 9,0) com 80% de rendimento e temperatura (30 a 70C) com rendimento de 90% para aplicação na ração e resistir ao trato gastrintestinal sem perda de atividade. A avaliação in vitro de rações com enzimas apresentou pela dosagem com açúcar redutor (0,300 μmol), amilase (9,0 U/mL) e proteína solúvel (15 mg), com ação enzimática potencializada em rações pré-iniciais. Foram utilizados 360 pintos de corte, de um dia, machos, Cobb, de um a 21 dias, e peso médio inicial de 50,0 g, criados em baterias. O delineamento experimental inteiramente casualizado foi adotado, com ou sem α-amilase produzida por Cryptococcus flavus e Aspergillus niger HM2003, consistindo de três tratamentos para a fase pré-inicial e três para a fase inicial com cinco repetições de 12 aves cada. Os tratamentos consistiram de dietas a base de milho e farelo de soja, nos períodos pré-inicial (1 a 7 dias) e inicial (8 a 21 dias). Os animais receberam dietas e água à vontade nos dois períodos experimentais. Não foram observados efeitos significativos (P<0,05) para desempenho. Houve maior retenção de nitrogênio na fase pré-inicial com α-amilase de Aspergillus niger HM2003. Não houve efeito significativo (P>0,05) da viscosidade da digesta e da ração para os tratamentos. A α- amilase afetou o metabolismo do fígado e do pâncreas, pois reduziu o peso relativo do pâncreas aos sete e 21 dias em 17,02% e 23,61%, respectivamente, e do fígado aos 21 dias em 20,94%. A atividade da enzima amilase no pâncreas diminuiu 5,23% aos sete dias para fase pré-inicial e 17,45% aos 21 dias para fase inicial. No fígado, aos sete e 21 dias, para fases pré-inicial e inicial, os valores não foram significativos para: concentração de proteína (1,80 e 1,41 g/dL), glutamatooxaloacetato transaminase (229,57 e 199,82 UI/L) e glutamato-piruvato transaminase ( 71,82 e 63,83 UI/L). A atividade da fosfatase alcalina foi significativa aos sete dias, com menor valor na ração sem suplementação amilase (227,36 UI/L), e aos 21 dias não houve diferença significativa (261,77 UI/L). Na fase pré-inicial apresentaram os seguintes valores significativos para os parâmetros sangüíneos, aos sete dias de idade: cálcio (6,90 e 5,99 mg/dL), fósforo (4,76 e 6,24 mmol/L), cloro (124,43 e 141,49 mmol/L), proteína plasmática (2,0 e 2,50 g/dL). Os parâmetros não significativos aos sete dias foram: potássio (6,35 mmol/L), atividade enzimática da fosfatase alcalina (974,77 UI/L) e amilase (563,89 U/dL). Na fase inicial aos 21 dias os resultados significativos foram: fósforo (4,98 e 4,99 mmol/L), proteína plasmática (2,97 e 3,12 g/dL). Os parâmetros não significativos foram: cálcio (5,69mg/dL), cloro (133,34 mmol/L), atividade enzimática da fosfatase alcalina (966,90 UI/L) e amilase (560,20 U/dL). Estes resultados serão usados como referência para a comunidade científica, pois ainda não são conhecidos valores no soro para rações contendo suplementação exógena de α-amilase.

ASSUNTO(S)

frango de crte α -amylase -amilase enzyme poultry enzimologia enzima α

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