Prevalência, freqüência de genótipos e de variantes de Papilomavírus Humanos em mulheres co-infectadas com o vírus da Imunodeficiência Humana Tipo 1 no Distrito Federal e Entorno / Prevalência, freqüência de genótipos e de variantes de Papilomavírus Humanos em mulheres co-infectadas com o vírus da Imunodeficiência Humana Tipo 1 no Distrito Federal e Entorno

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

O presente trabalho descreve a diversidade genética do HPV em mulheres infectadas pelo HIV-1 no Distrito Federal e Entorno. Duzentas amostras cervicais de mulheres HIV-positivas foram submetidas a exame citopatológico cervical e à amplificação por PCR. As amostras positivas para DNA do HPV foram genotipadas por RFLP. A positividade para HPV foi 41%, com a maioria das amostras positivas para genótipos de alto risco oncogênico (72%). Cento e sessenta e uma amostras (80,5%) tinham alterações celulares benignas ou resultados citopatológicos normais e a freqüência de HPV entre elas foi 29,2%. Por outro lado, a maioria das amostras com citologia alterada foi positiva para HPV (89,7%). Uma grande diversidade de genótipos foi observada: os HPVs-16 e 81 foram os mais prevalentes (12,2%), seguidos pelos HPVs 52 (9,8%), 35, 53, 58 62 e 70 (7,3%), 33 e 66 (6,1%), 18, 31, 56 e 61 (4,9%), 71 (3,7%), 6b, 11, 39, 40 e 54 (2,4%) e 32, 59, 67, 68, 72, 85 e 102 (1,2%). Novos variantes dos HPVs 11, 18, 33, 53, 59, 62, 66, 70, 81 e 102 foram detectados. Possíveis associações entre a detecção de HPV, a classificação citopatológica, a idade, a carga viral do HIV, a contagem de células CD4 e o tratamento anti-retroviral foram verificadas. Foi possível observar uma prevalência significativamente maior de infecção por HPV em mulheres com menos de 30 anos de idade. As análises estatísticas sugeriram que o nível de imunossupressão estava associado com a prevalência de anormalidades citológicas, mas não com a presença de infecção por HPV. A carga viral do HIV, por sua vez, estava associada com a detecção de DNA do HPV e de anormalidades citológicas. Não foi observada associação significativa entre a terapia anti-retroviral e a presença de HPV ou de anormalidades citológicas. Pode-se concluir que uma proporção elevada de mulheres HIV-positivas está co-infectada por HPV, e, muitas vezes, por genótipos oncogênicos desse vírus, mesmo em casos onde a avaliação citológica não revela resultados anormais.

ASSUNTO(S)

biologia molecular brasil hiv hpv

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