Prevalência do conhecimento, tratamento, controle e custo-efetividade da hipertensão arterial sistêmica em São José do Rio Preto Estudo Populacional

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença com alta prevalência em quase todos os países, constituindo um dos principais fatores de risco para morbimortalidade cardiovascular. Objetivos: Os objetivos deste estudo foram avaliar na faixa etária acima de quarenta anos, o nível de conhecimento e controle da HAS, relacionados com a faixa etária, gênero, nível sócio-econômico, escolaridade, índice de massa corpórea, utilização de monoterapia e associação de fármacos; comparar o controle pressórico obtido com as principais classes de fármacos; avaliar a relação custo-efetividade comparando as principais classes de anti-hipertensivos e associações e comparar o custo dos medicamentos de referência e genéricos. Casuística e Método: Neste estudo de corte transversal randomizado, avaliou-se uma amostra de 738 indivíduos hipertensos com idade entre 40 e 93 anos de idade, sendo 345 do gênero masculino (46,7%) e 393 do gênero feminino (53,3%), em virtude da maior prevalência da HAS nesta faixa etária. Resultados: Avaliando-se o conhecimento, observou-se que 72,9% (IC 95%: 69,5 -76,3) dos hipertensos conheciam sua condição, com predomínio no gênero feminino nas faixas etárias de 40-49 anos e 50-59 anos, e maior prevalência de conhecimento no grupo obeso.Não se observou diferença significativa no conhecimento entre as classes sociais e níveis de escolaridade. Analisando-se o controle pressórico não se observou diferença significante entre os gêneros, nas faixas etárias e nas diferentes faixas de índice de massa corpórea. Observou-se maior prevalência de controle na classe social AB e no nível E-3 de escolaridade. De acordo com o número de fármacos utilizados, 44,6% dos hipertensos tratados utilizavam monoterapia sendo os betabloqueadores o grupo mais efetivo no controle pressórico; 41,2% dos indivíduos utilizavam associação de dois fármacos, sendo diuréticos + IECA a mais utilizada e 14,2% faziam uso de três ou mais fármacos. Conclusões: Não se observou diferença significante no controle da HAS comparando-se a monoterapia com a associação de fármacos. A relação custo-efetividade foi menor com monoterapia do que com associação, sendo os diuréticos os mais custo-efetivos. Na comparação entre as médias de custo dos medicamentos de referência em relação aos hipertensos controlados ou não, concluiu-se que com o controle pressórico adequado, o custo de tratamento torna-se menor.

ASSUNTO(S)

cardiologia hipertensão arterial conhecimento controle. arterial hypertension awareness control. treatment

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