Prevalência de sintomas de ansiedade e depressão em pacientes com diabetes tipo 2 com e sem dependência nicotínica e em tabagistas não diabéticos

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

03/02/2012

RESUMO

Introdução: Vários estudos têm demonstrado que indivíduos diabéticos fumantes apresentam um risco mais elevado de doença cardiovascular, morte prematura e complicações microvasculares. O presente estudo tem como objetivo conhecer o grau de dependência nicotínica e a prevalência de sintomas de ansiedade e depressão em pacientes tabagistas com diagnóstico de diabetes mellitus tipo 2 (DM2). Métodos: Cada um dos pacientes tabagistas com DM2, atendidos no Ambulatório de Endocrinologia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia, foi pareado com outros dois controles, compondo, assim, três grupos: 46 com DM2 e tabagistas (DT); 46 com DM2 e não tabagistas (D); 46 tabagistas não diabéticos (T); totalizando 138 participantes. A presença de sintomas de ansiedade e depressão foi averiguada com base na escala Hospital Anxiety and Depression (HAD) e utilizou-se do Fagerström Test for Nicotine Dependence para avaliar o grau de dependência à nicotina. Resultados: A prevalência de dependência nicotínica elevada entre os tabagistas com e sem DM2 foi de 39,1% e 37,1%, respectivamente (p=0,999). Não houve diferença estatisticamente significativa na proporção de indivíduos com sintomas de ansiedade no grupo DT (50%) em relação aos grupos D (39,1%) e T (63%) (p=0,072) e o mesmo ocorreu em relação aos sintomas de depressão nos grupos DT, D e T (30,4%, 39,1% e 32,6%, respectivamente, p=0,657). O consumo de ansiolíticos no grupo DT (19,6%) foi maior que no grupo D (2,2%) (p=0,028). Entre os pacientes do sexo masculino, os diabéticos fumantes apresentaram maior prevalência de sintomas de ansiedade (19,6%) do que os não fumantes (2,9%) (p=0,003). A prevalência de sintomas de ansiedade e depressão entre os dependentes (54,6% e 37,1%) e não dependentes nicotínicos (57,7% e 28,1%) foi semelhante. Conclusões: A prevalência de depressão e ansiedade entre os indivíduos fumantes diabéticos e não diabéticos e diabéticos não fumantes é semelhante, embora o consumo de ansiolíticos pelos diabéticos fumantes seja significativamente maior do que pelos diabéticos não fumantes. Os homens diabéticos tabagistas apresentam mais sintomas de ansiedade do que os diabéticos não tabagistas. Não há diferença na prevalência de dependência nicotínica entre os indivíduos diabéticos e não diabéticos. A presença de sintomas de ansiedade ou depressão é semelhante entre dependentes e não dependentes nicotínicos.

ASSUNTO(S)

tabagismo dependência nicotínica diabetes mellitus ansiedade depressão ciencias da saude ciências médicas fumo - vício diabetes depressão mental smoking nicotine dependence diabetes mellitus depression anxiety

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