Prevalência de fatores associados ao indicativo de depressão em idosos residentes na zona rural.
AUTOR(ES)
Pollyana Cristina dos Santos Ferreira
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
07/12/2011
RESUMO
Durante o processo de envelhecimento os idosos passam por transformações físicas, sociais e psicológicas, o que pode favorecer um desequilíbrio psicológico, destacando-se, nesta faixa etária, a depressão. Nesse contexto, torna-se relevante a realização de pesquisas que envolvam a temática da depressão entre idosos residentes na zona rural. Esta pesquisa objetivou verificar a prevalência de indicativo de depressão, segundo sexo e faixa etária; descrever o perfil sociodemográfico e econômico, as morbidades autorreferidas e a capacidade funcional dos idosos com e sem indicativo de depressão; comparar os idosos com e sem indicativo de depressão quanto ao perfil sociodemográfico, econômico, número de morbidades autorreferidas e de incapacidade funcional; verificar os fatores associados com o indicativo de depressão. Trata-se de um estudo analítico, transversal e observacional, realizado com 850 idosos residentes na zona rural do município de Uberaba-MG. Utilizaram-se os instrumentos: semi-estruturado com base no questionário OARS, Mini Exame do Estado Mental, Índex de Katz, Escala de Lawton e Brody e Escala de Depressão Geriátrica Abreviada. De acordo com a classificação da Escala de Depressão Geriátrica Abreviada, formaram-se dois grupos: idosos com indicativo de depressão e idosos que não apresentaram o referido indicativo. Calculou-se a taxa de prevalência. Os dados foram analisados segundo estatística descritiva e aplicaram-se os testes qui-quadrado e t-Student, por meio do programa SPSS, versão 17.0. Para a inclusão no modelo de regressão logística considerou-se p<0,10 e as associações foram significativas quando p<0,05. Este projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa com Seres Humanos da UFTM, protocolo N 1477. A prevalência de indicativo de depressão correspondeu a 22,0%. No grupo com indicativo de depressão predominaram as mulheres, 60├70 anos, casados ou que moravam com companheiro, renda individual de um salário mínimo e 4├9 anos de estudo. Destacaram-se as morbidades: problemas de coluna, problemas de visão, hipertensão arterial e problemas para dormir. O maior percentual de idosos apresentou sete ou mais comorbidades. Entre aqueles que não apresentaram indicativo de depressão, os maiores percentuais foram para o sexo masculino, 60├70 anos, casados ou que moravam com companheiro, renda individual de um salário mínimo e 4├9 anos de estudo. As principais morbidades referidas foram problema de visão, problemas de coluna, hipertensão arterial e problemas para dormir. Predominaram os idosos com 1├4 morbidades associadas. Houve maior percentual de idosos com indicativo de depressão que tinham 1├4 incapacidades para o desempenho de AIVDs, em relação aos que não apresentaram o referido indicativo. Verificou-se entre os idosos com indicativo de depressão maior proporção de mulheres, na faixa etária de 80 anos ou mais, viúvos, sem escolaridade, que apresentavam sete ou mais comorbidades e com maior dependência para a realização das AIVDs, quando comparados aos idosos sem indicativo de depressão. Esta pesquisa evidenciou que ser do sexo feminino, ter maior número de comorbidades e de incapacidade funcional para o desempenho de AIVDs permaneceram como preditoras do indicativo de depressão. Os resultados obtidos nesta pesquisa poderão subsidiar a implementação de estratégias voltadas à saúde dos idosos residentes na zona rural, com enfoque para a depressão.
ASSUNTO(S)
depressão população rural idoso enfermagem geriátrica rural population elderly enfermagem de saude publica depression geriatric nursing
ACESSO AO ARTIGO
http://bdtd.uftm.edu.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=145Documentos Relacionados
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