Prevalência de compulsão alimentar, depressão e ansiedade entre os universitários de diferentes cursos de Juiz de Fora, Minas Gerais - 2008

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

O objetivo deste trabalho exploratório foi investigar a prevalência de Compulsão Alimentar Periódica, Síndrome Depressiva, Síndrome Ansiosa e Insatisfação corporal, bem como verificar suas possíveis associações entre si, ao consumo de psicoativos, a outras variáveis sócio-demográficas e comportamentais entre 1.590 universitários do 1 e 7 períodos de todos os cursos de graduação da Universidade Federal de Juiz de Fora. O questionário aplicado na pesquisa foi semiestruturado, autoaplicável, anônimo, sigiloso, contendo variáveis diversas estudantis, demográficas, sociais, pessoais, relativas à sexualidade, comportamentais ligadas ao uso de psicoativos, estéticas, de tratamento médico, massa corporal, bem como resultados de rastreamento para compulsão alimentar periódica, depressão, ansiedade e insatisfação corporal. Foram efetivadas análises exploratórias, bivariadas e, para caracterizar o peso relativo das variáveis estudadas sobre os desfechos analisados, utilizou-se a regressão logística. Os resultados indicaram que, dentre os estudantes avaliados, foi positivamente identificado pelos instrumentos de rastreamento que: 8,2% apresentavam compulsão alimentar periódica; 3,8%, depressão; 13,9%, ansiedade e 10,1%, insatisfação corporal. Nos modelos de regressão logística desenvolvidos, observou-se que as escalas de compulsão alimentar periódica e de ansiedade associaram-se significantemente à presença de depressão e de insatisfação corporal. As escalas de depressão e de insatisfação corporal associaram-se à presença de compulsão alimentar periódica e de ansiedade. Os universitários com Índice de Massa Corporal elevado tiveram maior probabilidade de apresentar compulsão alimentar periódica e insatisfação corporal e, os que usaram psicoativos sob prescrição médica, de desenvolver compulsão alimentar periódica e depressão. As mulheres foram vulneráveis aos quadros de ansiedade e de insatisfação corporal e, aqueles que mencionaram sentir-se nunca ou raramente felizes, aos de depressão e de ansiedade. Universitários que relataram fazer tratamento para alguma doença crônica e com renda familiar de até 10 salários mínimos apresentaram maiores chances de ter ansiedade e, os possíveis dependentes alcoólicos, de ter depressão. Finalmente, os que mencionaram ser o abdome a parte do corpo de que menos gostavam, que tinham vontade de fazer cirurgia plástica e que cursavam disciplinas da saúde foram suscetíveis à insatisfação corporal

ASSUNTO(S)

compulsão alimentar periódica depressão ansiedade insatisfação corporal medicina binge eating depression anxiety body dissatisfaction

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