Prevalence and genetic variability of vancomycin resistant enterococci isolated from poultry raised on monintensive production farms from Brazil / Prevalência e variabilidade genética de enterococos com resistência à vancomicina isolados de frangos caipiras de regiões do Distrito Federal

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

Pesquisa realizada como requisito para conclusão do curso de mestrado em Ciências Agrárias, Produção Animal Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Universidade de Brasília, Brasília, DF. Enterococos resistentes à vancomicina (ERV) são patógenos emergentes em infecções hospitalares. Essas bactérias também colonizam animais saudáveis, que podem ser considerados reservatórios da bactéria e de genes de resistência. O presente estudo foi o primeiro realizado com objetivo de examinar a presença de ERV em fazendas de frangos caipiras no Brasil. A investigação foi conduzida em propriedades que utilizavam o sistema de produção não intensivo, criando os frangos sem antibióticos ou outros promotores de crescimento. Todas as fazendas localizavam-se no Distrito Federal, na região Centro-Oeste do Brasil. Foi coletado um total de 200 swabs cloacais, de 40 propriedades, amostradas de 8 regiões geográficas diferentes. Os swabs foram inoculados em meio BBL Enterococcosel Broth suplementado com 8 μg/mL de vancomicina. Após incubação, as amostras positivas foram plaqueadas em ágar sangue. Colônias típicas de enterococos, com cocos Gram positivos e catalase negativos foram submetidas à PCR multiplex, para identificação das espécies E. faecalis, E. faecium, E. gallinarum e E. casseliflavus, e dos genes de resistência à vancomicina, vanA e vanB. No atual estudo não foram isolados enterococos contendo os genes vanA ou vanB. Trinta e sete isolados carrearam o genes de resistência vanC. Desses os genes vanC1 e vanC2/3 foram presentes respectivamente em 26 (13,0%) e 11 (5,5%) isolados. Foi isolado somente um microrganismo da espécie E. faecalis. A análise de variabilidade dos isolados, realizada por eletroforese em gel de campo pulsado, mostrou que as espécies E. casseliflavus e E. gallinarum formam populações microbianas com diferenças em sua estrutura genética, sendo que a última pode formar genogrupos de linhagens geneticamente relacionados. Concluiu-se, então, que frangos caipiras não são reservatórios de enterococos vanA e vanB, e que as espécies E. gallinarum e E. casseliflavus apresentam diferenças de variabilidade genética.

ASSUNTO(S)

frango de corte poultry epidemiologia bactérias producao animal enterococcus vancomycin resistance enterococcus resistência à vancomicina frango caipira

Documentos Relacionados