Presença/ausência de africanos e afrodescendentes nos processos de escolarização em Desterro Santa Catarina (1870-1888)

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

Esta investigação objetiva compreender o processo de escolarização de africanos e afrodescendentes na Freguesia de Nossa Senhora do Desterro, de 1870 a 1888. Desterro era a capital da Província de Santa Catarina no período imperial, correspondendo ao que hoje é a parte central da cidade de Florianópolis. A fundamentação teórica é apoiada principalmente na perspectiva pós-colonial de Homi Bhabha e na concepção de táticas de Michel de Certeau. A base empírica é constituída de fontes documentais e bibliográficas, sobretudo de Relatórios de Presidentes da Província, Ofícios da Diretoria da Instrução Pública, bem como de normativas e pesquisas sobre o período. Ao longo do texto, discuto a instrução pública na Desterro oitocentista, abordando aspectos da cidade, das populações de origem africana e questões relativas ao ensino primário, secundário e à legislação. Também apresento experiências de enfrentamento da problemática da escolarização de africanos e afrodescendentes, sob o enfoque de indícios, intenções, iniciativas e, ainda, analiso a trajetória escolar do afrodescendente João da Cruz e Sousa. Em síntese, a pesquisa apresenta elementos sobre a instrução popular e sobre as possibilidades que as populações de origem africana poderiam vislumbrar nas políticas voltadas à educação para os pobres. Apresenta, também, o movimento complexo de presença/ausência, em que experiências da presença de africanos e afrodescendentes em escolas coexistem com um processo de ausência, num sentido de invisibilidade, com um apagamento de seus rastros nas representações engendradas

ASSUNTO(S)

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