Preditores clínicos, laboratoriais e radiográficos para infecção por Bordetella pertussis
AUTOR(ES)
Bellettini, Camila Vieira, Oliveira, Andressa Welter de, Tusset, Cintia, Baethgen, Ludmila Fiorenzano, Amantéa, Sérgio Luís, Motta, Fabrizio, Gasparotto, Aline, Andreolla, Huander Felipe, Pasqualotto, Alessandro C.
FONTE
Rev. paul. pediatr.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2014-12
RESUMO
OBJETIVO: Identificar preditores clínicos, laboratoriais e radiológicos da infecção por Bordetella pertussis.MÉTODOS: Trabalho retrospectivo, com análise de prontuários clínicos de todos os indivíduos submetidos ao diagnóstico molecular (qPCR) para B. pertussis de setembro de 2011 à janeiro de 2013. Foram revistos dados clínicos e laboratoriais, incluindo informações sobre idade, sexo, sinais/sintomas, tempo de hospitalização, contagens de células sanguíneas, exames de imagem, co-infecção com outros patógenos respiratórios, e evolução clínica.RESULTADOS: 222 casos foram revistos, do quais 72,5% tinham coqueluche confirmada, sendo 60,9% menores de um ano de idade. Foram observados preditores independentes para B. pertussis em pacientes com menos de seis meses de idade. Nesses casos, os preditores identificados foram cianose (OR 8,0; CI 95% 1,8-36,3; p=0,007) e contagem de linfócitos >104/µL (OR 10,0, CI 95% 1,8-54,5; p=0,008). Preditores de coqueluche não puderam ser determinados para crianças maiores de 6 meses de idade. Coinfecção foi encontrada em 21,4% dos pacientes, dos quais 72,7% tinham até seis meses de idade, sendo que o adenovírus foi o agente mais comum (40,9%). Nesses indivíduos, não foram observadas características clíncias capazes de distinguir pacientes com co-infecção, porém foi verificado um maior tempo de internação hospitalar nos pacientes com mais de um agente infeccioso detectado (12 vs. 6 dias; p=0,009).CONCLUSÕES: Cianose e linfocitose são preditores independentes para coqueluche em crianças com até seis meses de idade.
ASSUNTO(S)
bordetella pertussis coqueluche infecção coinfecção
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