Por uma estética tátil: sobre a adaptação de obras de artes plásticas para deficientes visuais
AUTOR(ES)
Almeida, Maria Clara de, Carijó, Filipe Herkenhoff, Kastrup, Virgínia
FONTE
Fractal : Revista de Psicologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010-04
RESUMO
Analisamos três estratégias comuns para se fornecer acesso às artes plásticas para deficientes visuais: adaptação via alto-relevo, uso representacional de texturas e seleção de esculturas. Lançando mão de estudos de psicologia cognitiva sobre tato (como GIBSON, 1962; LEDERMAN, 1997; HATWELL; MARTINEZ-SAROCCHI, 2000) discutimos tanto a adequação destas estratégias ao tato quanto seu alcance estético. Mostramos que a maioria das "versões táteis" nada possui de tátil: ignorando as propriedades cognitivas e a dimensão expressiva do tato, acabam por reproduzir padrões visuais. Concluímos que o acesso às artes plásticas deve ser pensado em termos da invenção de uma estética verdadeiramente tátil.
ASSUNTO(S)
deficiência visual percepção tátil experiência estética artes plásticas
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