Poliuretanos biodegradáveis e nanocompósitos de argilominerais com efeito memória de forma
AUTOR(ES)
Iaci Miranda Pereira
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009
RESUMO
Nos últimos anos, houve um aumento no interesse pelo uso de poliuretanas (PU) para aplicações biomédicas; especialmente para a classe das PUs com memória de forma. Durante esta tese, seis séries de PUs segmentadas com diferentes concentrações de segmento rígido foram preparadas pelo método pré-polimero em um ambiente aquoso. Nanocompósitos poliuretana/montmorilonita com diferentes concentrações de argilas também foram produzidos. PUs e os nanocompósitos tiveram sua estrutura química, morfologia, propriedades mecânicas e memória de forma investigadas. Também foram estudadas a degradação hidrolítica e alcalina além da viabilidade e proliferação celular. As técnicas aplicadas demonstraram que a concentração de segmento rígido e as interações de hidrogênio foram os dois fatores determinantes para estabelecer a morfologia das PUs segmentadas obtidas. Resultados mostraram que o grau de delaminação da argila interfere na morfologia das fases. Os polímeros e os nanocompósitos obtidos apresentaram memória de forma. As mudanças morfológicas durante ciclos de memória de forma foram investigadas. O processo de recuperação da forma permanente foi dividido em três fases. O ciclo de deformação conduziu à formação de uma nanoestrutura orientada derivada do alinhamento das cadeias. A elevação da incompatibilidade no bulk e a recuperação entrópica foram as duas características principais para determinar a morfologia final das PUs. A recuperação da forma também foi ativada pelas interações de hidrogênio entre os domínios rígidos. Uma relação entre a habilidade do PU de recuperar a forma original e a nanoestrutura original foi determinada. Tendo em vista que a incorporação de partículas perturba a formação de interações de hidrogênio entre os grupos amina e carbonila interferindo com a mobilidade das cadeias polímericas e com a formação, durante a deformação, da estrutura semi-estável, a recuperação de forma foi reduzida pela presença de nanopartículas. As PUs obtidas foram projetadas para: (i) trabalhar como membranas de regeneração para doenças peridontais e (ii) para a restauração da cartilagem articular através da engenharia de tecido. Além disso, foi proposto o uso do polímero de memória forma como sistema de ancoramento para o sensor da bexiga.
ASSUNTO(S)
engenharia metalúrgica teses. ciência dos materiais teses. elastômeros teses.
ACESSO AO ARTIGO
http://hdl.handle.net/1843/BUDB-8DRM7GDocumentos Relacionados
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