Poema sujo de vidas: alarido de vozes

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

30/03/2011

RESUMO

Este trabalho aborda o Poema sujo (1976), de Ferreira Gullar, a partir de uma análise hermenêutica que sustenta a tese de ser o seu valor estético tão fundamental quanto o seu teor político. Esta tese concebe o Poema como resultado das experimentações políticas e estéticas pelas quais o poeta passou. A originalidade e o caráter inaugural deste trabalho consistem na visão posta sobre o Poema como obra político/estética que, longe de outros casos que podem ser caracterizados de igual forma, é elaborado a partir da memória de um sujeito histórico que se insere de forma ficcional na linguagem, tomando o passado como instante presente. Por este ato, a memória particular do poeta é uma identificação com um povo compreendido como realidade histórica tangível, e, consequentemente, uma eternização de sua própria existência. Essa síntese resulta numa obra poética que se distancia do mero comprometimento político e dos transes linguísticos nos quais imergiram poetas do mundo inteiro, e, ao mesmo tempo, efetua um amalgamento de ideia e linguagem que torna o Poema sujo um momento especial na arte contemporânea brasileira

ASSUNTO(S)

literatura brasileira poesia brasileira ferreira gullar - crÍtica e interpretaÇÃo estÉtica polÍtica letras

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