Pesquisa de aloimunização após transfusão de concentrados de hemácias em um estudo prospectivo

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Bras. Hematol. Hemoter.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012

RESUMO

OBJETIVO: Vários aloanticorpos irregulares antieritrocitários, produzidos por sensibilizações a antígenos estranhos durante gestações ou transfusões, possuem importância clínica por provocarem hemólise no feto ou recém-nascido e/ou no receptor de sangue. Diante disso, fizemos uma análise prospectiva exclusiva de pacientes atendidos nos serviços de emergência clínica e cirúrgica, correlacionando as aloimunizações aos dados clínicos e epidemiológicos. MÉTODOS: Amostras sanguíneas de 143 pacientes, com pesquisa inicial de anticorpos negativa, foram coletadas até 15 meses após transfusões de concentrados de hemácias (CH), submetidas a Pesquisas de Anticorpos Irregulares (PAI) e, quando o resultado fosse positivo, à identificação e titulação seriada do(s) aloanticorpo(s). Para comparar proporções, foi empregado Teste Exato de Fisher e Odds Ratio. RESULTADOS: Dos pacientes estudados, 15 (10,49%) produziram aloanticorpos em um período de seis meses, com o título decaindo e negativando até 15 meses em 60% dos aloimunizados. Os aloanticorpos anti-K e os dirigidos contra antígenos do sistema Rh foram os mais frequente, o maior título foi de 1:32 (anti-K) e houve evidente correlação com o número de transfusões. CONCLUSÃO: Diante da alta ocorrência de aloanticorpos antieritrocitários de importância clínica em indivíduos transfundidos em serviço de emergência clínica e cirúrgica, propomos estender a fenotipagem e compatibilização pré-transfusional para os antígenos C, c, E, e (sistema Rh) e K (sistema Kell) para todos os pacientes com cirurgias programadas e/ou com eventos clínicos agudos que não necessitem de transfusões emergenciais.

ASSUNTO(S)

transfusão de eritrócitos antígenos de grupos sanguíneos hemólise imunofenotipagem emergência

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