Pesquisa de aglutininas anti Leptospira spp em equinos na região da zona da mata e ilha de Fernando de Noronha no estado de Pernambuco.

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012

RESUMO

Objetivou-se com esse trabalho realizar uma pesquisa de aglutininas anti Leptospira spp em equinos na região da zona da mata e ilha de Fernando de Noronha no Estado de Pernambuco; identificar áreas de maior ocorrência da leptospirose; identificar os sorovares que ocorrem com maior frequência nas áreas estudadas; relacionar os sinais clínicos com a presença de aglutininas no soro sanguíneo dos equinos; relacionar a presença de roedores com a presença de animais soropositivos; observar a ocorrência de anticorpos anti leptospiras nas diferentes faixas etárias. Coletou-se sangue de 328 equinos de ambos os sexos, com idade a partir dos seis meses. Após centrifugação do sangue o soro foi analisado pelo teste de soro aglutinação microscópica, com ponto de corte na diluição de 1:100. Das 328 amostras examinadas constatou-se que 84 (25,6%) animais foram reagentes para aglutinação anti-Leptospira spp. Dentre os quais 12 (1,5%) potros, 20 (25,64%) jovens, 42 (31,11%) adultos e 10 (28,57%) senis. Dos 84 animais reagentes 69,04% (58) são fêmeas e 30,95% (26) são machos; 3,57% (3) são da raça Campolina, 2,3% (2) são mestiços, 35,71% (30) são da raça Quarto de Milha e 58,33% (49) são da Raça Mangalarga Marchador. Dentre as regiões estudadas Aldeia se destacou por apresentar o maior percentual de animais reagentes, com 32,31% (65), em seguida Pombos com 28,2% (22), Palmares com 23,81% (5), Bonanza 22,36% (17), Paudalho 22% (11) e por fim, Escada com 14,3% (4). Dentre os 27 sorovares pesquisados 10 foram mais prevalentes, em ordem de maior ocorrência, Icterohaemorrhagiae (58), Shermani (26), Panama (15), Copenhageni (10), Batavie (3), Hardjo (2), Australis (1), Pyrogenes (1), Cynopteri (1) e Canicola (1). Na ilha de Fernando de Noronha das 16 amostras analisadas 10 foram consideradas reagentes e 6 foram consideradas não reagentes. Considerando os sorovares mais prevalentes 62,5% das amostras foram positivas para o sorovar Icterohaemorrhagiae, 37,5% foram positivas para o sorovar Copenhageni. Com a realização desse estudo foi possível concluir que a leptospirose na espécie equina ocorre de forma endêmica nas áreas estudadas. Acredita-se que a presença de roedores foi importante no aparecimento da afecção haja vista que foi relatada sua presença em todas as propriedades visitadas, todavia necessita-se de maiores estudos para verificar a participação destes animais na transmissão da leptospirose aos equinos. A partir desse trabalho pode-se traçar um perfil soro epidemiológico da leptospirose em equinos na Zona da Mata e na ilha de Fernando de Noronha no Estado de Pernambuco, que pode ser útil para realização de tratamento e da prevenção desta enfermidade, todavia, ainda é preciso estudos mais aprofundados para determinarmos o porque da ocorrência de determinados sorovares em algumas regiões estudadas.

ASSUNTO(S)

leptospira spp equídeos zoonose sorovares soroaglutinação microscópica medicina veterinaria leptospira spp equidae zoonosis serovars seroagglutination microscopic

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