Pesquisa de anticorpos anti-Leptospira spp. e anti-Brucella abortus em bovinos abatidos em matadouro público no estado de Pernambuco
AUTOR(ES)
Maria Betânia de Queiroz Rolim
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010
RESUMO
Em virtude da importância econômica da Leptospira spp. e Brucella abortus para a saúde pública, e da ausência de dados referentes à soroprevalência da leptospirose e brucelose para bovinos de corte consumidos no Estado, neste trabalho objetivou-se estimar a prevalência de anticorpos anti-Leptospira spp. e anti-Brucella abortus em bovinos abatidos em matadouro público no Estado de Pernambuco. 412 amostras de sangue de bovinos foram colhidas após venossecção dos grandes vasos do pescoço, durante a sangria, e encaminhados ao Laboratório de Bacteriologia do Curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal Rural de Pernambuco para obtenção do soro. Estes foram processados no Laboratório Agropecuário Nacional de Pernambuco, de acordo com metodologia oficial. Para a detecção de anticorpos anti-Leptospira spp. foi utilizada a Técnica de Soroaglutinação Microscópica (SAM). As amostras foram diluídas 1:50 e submetidas à triagem com 27 sorovares de Leptospira spp., sendo positivas aquelas com título igual ou superior a 100 com 50% ou mais de Leptospira spp. aglutinadas. A triagem dos anticorpos anti-Brucella abortus foi realizada com o Antígeno Acidificado Tamponado (AAT), a fim de identificar possíveis amostras reagentes ao Teste de Fixação do Complemento (TFC). A análise estatística das amostras foi realizada através da análise descritiva das mesmas. Para Leptospira spp., das 412 amostras testadas, 55 foram positivas (MAT >1:100), resultando em uma soroprevalência de 13,3% (95% IC = 10,1% e 16,6%). Animais soropositivos foram provenientes de 20 dos 24 municípios de origem, sendo muitos sorovares de Leptospira spp. identificados. Dos sorovares pesquisados, 16 foram detectados: Shermani (25,5%), Wolffi (14,5%), Hebdomadis (10,9%), Grippotyphosa (9,1%), Canicola (7,3%), Saxkoebing (5,5%), Bratislava (5,5%), Copenhageni (3,6%), Hardjo (3,6%), Djasiman (3,6%), Icterohaemorrhagiae RGA (1,8), Icterohaemorrhagiae ICTERO n 1 (1,8), Serjoe (1,8%), Panama (1,8%), Pyrogenes (1,8%) e Patoc (1,8%). Totalizando as amostras analisadas, 0 (0%) foi reagente ao TFC. Diante dos resultados, conclui-se que apesar de não haver bovinos brucélicos, os animais avaliados representam risco à saúde pública, devido à possibilidade das pessoas adquirirem a leptospirose através deles.
ASSUNTO(S)
brucelose leptospirose bovino medicina veterinaria brucellosis leptospirosis zoonotic disease
ACESSO AO ARTIGO
http://200.17.137.108/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=799Documentos Relacionados
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