Pesquisa da frequencia do citomegalovirus na colestase neonatal intra-hepatica, por meio dos seguintes metodos : sorologia, reação em cadeia de polimerase, imunohistoquimica e histologia

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

A colestase neonatal pode ser a manifestação inicial de um grupo muito heterogêneo de doenças. O citomegalovírus (CMV) está entre as possíveis etiologias e os critérios para o diagnóstico não estão ainda definidos. A freqüência do CMV como causa de colestase intra-hepática (CIH) varia em função do método utilizado para o diagnóstico. O objetivo do presente estudo foi estabelecer a freqüência do CMV na colestase neonatal intra-hepática por meio dos seguintes métodos: sorologia para CMV (IgM-ELISA), N-PCR e imunohistoquímica no fragmento da biópsia hepática parafinada, e indicadores de histologia (célula de inclusão citomegálica e microabscesso) e verificar a concordância entre os métodos diagnósticos citados. Participaram do estudo 101 pacientes com o diagnóstico de CIH e que realizaram biópsia hepática . A idade dos pacientes na 1ª consulta variou de 13 dias a 7 meses, com mediana de 1 mês e 21 dias. Para determinar a freqüência da infecção por citomegalovírus foram calculados os valores de sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo, valor preditivo negativo e acurácia, considerando o método de N-PCR como referência. Para verificar a concordância entre os métodos, foi calculado o coeficiente kappa. A freqüência de positividade para o CMV por meio da sorologia foi de 8% (5/62), por PCR foi também de 8% (6/77), por imunohistoquímica foi de 2% (1/44). Pela avaliação histológica, nenhum em 84 pacientes apresentava células de inclusão citomegálica e 17/84 (20%) apresentavam microabscesso. A sensibilidade da sorologia em relação à N-PCR foi nula, a especificidade de 88,89%, o valor preditivo positivo nulo, o valor preditivo negativo de 90,91% e a acurácia foi de 81,63. Na pesquisa de microabscessos a sensibilidade foi de 50% em relação à N-PCR, a especificidade de 77,05%, o valor preditivo positivo de 17,65%, o valor preditivo negativo de 94% e a acurácia de 74,63%. Não houve concordância para a pesquisa de CMV entre os métodos de sorologia (ELISA-IgM) e N-PCR e fraca concordância entre os demais métodos isolados ou agrupados. Conclusões: 1. A freqüência de positividade para o citomegalovírus variou de 2% a 20% dependendo do método diagnóstico empregado, 2. Não houve concordância entre os métodos, 3. Não foram encontradas células de inclusão citomegálica e a imunohistoquímica foi positiva em apenas 1/44 casos, 4. A sorologia (ELISA-IgM) e a presença de microabscessos não foram sensíveis em relação à N-PCR para a determinação do diagnóstico de CMV na CIH, mas foram úteis, quando negativos, para predizer resultado negativo da N-PCR. Palavras chaves: lactente, hepatite

ASSUNTO(S)

neonatologia citomegalovirus cmv hepatite por virus neonatology hepatitis

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