Perfil farmacológico e fitoquímico de plantas indicadas pelos caboclos do Parque Nacional do Jaú (AM) como potenciais analgésicas: parte I

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Farmacognosia

DATA DE PUBLICAÇÃO

16/07/2010

RESUMO

Muitos estudos de plantas medicinais baseiam-se em informações etnofarmacológicas, na intenção de encurtar o tempo e diminuir os recursos financeiros no desenvolvimento de novas drogas. O presente trabalho teve como objetivo realizar estudos de farmacologia pré-clínica e fitoquímica com três extratos vegetais, obtidos de duas das 42 plantas com potenciais efeitos analgésico e/ou antiinflamatório, indicadas pelos moradores do Parque Nacional do Jaú, AM. Os extratos hidroalcoólicos foram submetidos à caracterização fitoquímica por meio de cromatografia em camada delgada (CCD). Os testes de farmacologia pré-clínica empregados foram: screening inicial, rota rod, atividade motora, placa quente, tail flick e contorções abdominais, nas doses de 300 e 500 mg/kg. Os três extratos foram obtidos a partir das cascas da cumandá: Campsiandra comosa Benth., Fabaceae (EHCC) e das folhas (EHSF) e cascas (EHSC) da sucuuba: Himatanthus sucuuba (Spruce ex Müll. Arg.) Woodson, Apocynaceae. As análises fitoquímicas revelaram a presença de flavonóides, taninos, iridóides e triterpenos nos diferentes extratos; enquanto os alcalóides e cumarinas não foram detectados. A investigação farmacológica demonstrou atividade analgésica discreta apenas no teste de contorções abdominais para os extratos EHSF e EHCC; nenhuma alteração foi observada no aparelho de rota rod e de modo geral, observou-se diminuição da atividade motora em todos os extratos nas diferentes doses testadas. Diferentes extratos destas plantas estão sendo testados em outros modelos, pelo mesmo grupo de trabalho, a fim de aprofundar os conhecimentos acerca do perfil farmacológico destas espécies.

ASSUNTO(S)

plantas medicinais etnofarmacologia floresta amazônica analgesia inflamação caboclos

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