Percepção, crenças e práticas sobre a esquistossomose genito-urinária de habitantes de áreas endêmicas selecionadas (Edo/Estados Delta) no sudeste da Nigéria

AUTOR(ES)
FONTE

Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo

DATA DE PUBLICAÇÃO

2004-08

RESUMO

Um questionário bem estruturado sobre a percepção e práticas e crenças sobre a esquistossomose genito-urinária foi administrado e explicado em dialetos locais: "Igbo" "Esan" "Ezon" Itshekiri e Bini a 33815 habitantes de áreas endêmicas selecionadas no sudeste da Nigéria, de janeiro de 1999 a dezembro de 2001. Deste total, 3815 (11,3%) foram preenchidos adequadamente e devolvidos. Cerca de 42,0% dos habitantes admitiram conhecer a doença, enquanto 14 (0,4%) conheciam o agente etiológico. Cerca de 181 (5,0%) dos que responderam admitiram ter procurado tratamento, enquanto 100 (5,0%) não procuraram tratamento de qualquer tipo. A relação entre as coleções de águas e atividades humanas e infecção foram discutidas. Entre os que admitiram conhecer a doença mas não o seu agente etiológico não procuraram nenhum tratamento, mas acreditam que a doença é um fenômeno natural nos estágios de desenvolvimento e portanto não apresentam morbidade e mortalidade. A análise laboratorial da urina, fezes, semen e HVS foi empregada para as respostas dos questionários e em alguns casos o exame físico foi utilizado para aumentar a análise laboratorial e confirmar o diagnóstico urinário. Hematúria foi diretamente relacionada a contagem de ovos na primeira parte da vida. As mulheres foram significativamente mais hematúricas e excretaram mais ovos que os homens (p < 0,05). Dor de cabeça (43,0%) e febre (31,0%) foram os maiores sinais clínicos enquanto dores sexuais (22,0%) foram os menores.

Documentos Relacionados