Patogenicidade, caracterização molecular e teor de cercosporina de isolados brasileiros de Cercospora kikuchii

AUTOR(ES)
FONTE

Fitopatologia Brasileira

DATA DE PUBLICAÇÃO

2005-12

RESUMO

Cercospora kikuchii está envolvido na desfolha da soja (Glycine max), normalmente em associação com Septoria glycines, no final do ciclo da cultura. Setenta e dois isolados, obtidos principalmente de sementes com mancha púrpura e oriundas de diferentes regiões do Brasil, mostraram variabilidade fenotípica. O teor de cercosporina e a velocidade de crescimento de colônias foram bastante variáveis entre os isolados. Uma forte correlação foi identificada entre o teor de cercosporina e virulência. Diferenças genéticas, entre e dentro da população analisada, foram observadas por RAPD com a análise de 86 loci. As análises de RAPD permitiram agrupar os isolados em sete grupos. Nenhuma relação foi identificada entre os grupos de RAPD e a origem geográfica ou teor de cercosporina. A sequência da região espaçadora do DNA ribossomal (ITS1-5,8S-ITS2) foi determinada em 13 isolados escolhidos nos diferentes agrupamentos. A similaridade das sequências obtidas comparadas às sequências de C. kikuchii depositadas no GenBank (AY266160, AY266262, AY152577 e AF291708) variou de 97 a 100%. Este trabalho demonstrou que os isolados brasileiros de C. kikuchii de diferentes origens são variáveis quanto à virulência, aos padrões de RAPD e ao teor de cercosporina. O teor de cercosporina pode ser um bom parâmetro na escolha de um isolado adequado para seleção de cultivares tolerantes ou resistentes a esse patógeno. Considerando que ele é facilmente transmitido por sementes não é surpresa encontrar os mesmos haplotipos em diferentes regiões. A migração poderia ser favorecida por sementes infetadas como demonstrado na análise de RAPD.

ASSUNTO(S)

diversidade genética pcr-rflp rapd seqüência its virulência

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