Identificação molecular e morfológica, métodos de esporulação, indução e detecção de cercosporina das espécies de cercospora do milho

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

05/08/2011

RESUMO

Em Minas Gerais são encontradas as três espécies de Cercospora do milho: Cercospora zeina, Cercospora zeae-maydis e Cercospora sorghi f.sp. maydis, e esta última é de fácil separação das demais, por apresentar um índice de velocidade de crescimento micelial maior e pode produzir toxina em meio Suco de Tomate Temperado (STT). As outras duas espécies são patogênicas, morfologicamente semelhantes, diferindo-se, principalmente, pelo tamanho do conidióforo, formato do conídio, crescimento micelial e produção de toxina. A dificuldade de diferenciá-las morfologicamente conduz a uma análise molecular, a qual é mais confiável. Desta forma, foi possível identificar as espécies patogênicas de cercospora do milho utilizando-se de primers específicos. Para obtenção de esporos deste gênero de fungos é necessário usar métodos que induzem algum tipo de estresse, como o de secagem de massa micelial ou de transferência de conídios. Ambos foram eficientes, principalmente, em meio STT ou V8. Com os conídios produzidos por estes métodos foi possível observar em microscópio eletrônico de varredura a colonização das sementes de sorgo com diferentes culturas fúngicas, as quais servem de veículo para inocular plantas de milho. As sementes de sorgo inoculadas apenas com esporos, seja por suspensão ou por meio de cultura, apresentaram maior número de conídios/sementes do que aquelas inoculadas com conídios e micélio. Por espectofometria foi detectada a Cercosporina em C. sorghi f.sp maydis em todos os meios de cultura estudados, exceto em M1D, em condições de luz continua a 27 oC, enquanto a indução da toxina em C. zeina não foi possível, o que reforça a hipótese de que esta espécie apenas produz a toxina em planta. Geralmente, C. zeae-maydis é caracterizada pela produção de toxina, no entanto, para os isolados utilizados nas condições estudadas, não foi possível observar tal fato, provavelmente, em razão de algum fator que alterou e/ou bloqueou os produtos dos genes envolvidos no processo da biossíntese da mesma. O meio com água de coco e extrato de leveduras foi o melhor para induzir a toxina em C.sorghi f.sp maydis. Diante dos resultados, é possível afirmar que há as 3 espécies de Cercospora do milho em Minas Gerais, os isolados podem ter alta produção de esporos in vitro pela transferência de conídios, possibilitando desenvolvimentos de outros trabalhos científicos. Além disso, há maior probabilidade de sucesso na inoculação quando se utilizam conídios. Contudo, há necessidade de mais estudos, principalmente com a C. zeina, a qual é mais agressiva e mais difícil de manter em condições laboratoriais.

ASSUNTO(S)

cercosporiose do milho cercosporina cercospora zeina cercospora zeae-maydis cercospora sorghi f.sp. maydis microscopia eletrônica de varredura fitopatologia gray leaf spot cercosporin cercospora zeina cercospora zeae-maydis cercospora sorghi f.sp.maydis scanning electron microscopy

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