Patient security at immediate post-operating period at the post-anesthesia recovery room / Segurança do paciente no período pós-operatório imediato na sala de recuperação pós-anestésica

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

Acredita-se que a segurança do paciente na SRPA depende não só de equipamentos e recursos tecnológicos, mas de recursos humanos, que desenvolvam procedimentos e intervenções de enfermagem, pautados em conhecimento prático e científico, evitando, assim, a ocorrência de eventos adversos e complicações decorrentes da alta complexidade inerente ao processo anestésico-cirúrgico. Sendo assim, os objetivos desse estudo foram: caracterizar os pacientes em SRPA sociodemograficamente; identificar as complicações mais freqüentes; relacionar as complicações às intervenções de enfermagem realizadas; relacionar o esquema de jornada de trabalho dos enfermeiros às complicações. A amostra é composta por 400 prontuários de pacientes maiores de 18 anos, submetidos a procedimentos cirúrgicos de grande e médio porte, admitidos na unidade de SRPA, com tempo de permanência superior à uma hora. O teste de Kolmogorov-Smirnov foi aplicado para testar a normalidade de variáveis quantitativas. O teste exato de Fisher-Freeman-Halton foi utilizado na comparação de proporções em tabelas de contingência maiores que 2x2. Todas as probabilidades de significância com valores de p<0,005 como estatisticamente significantes. Os resultados mostram que a maioria dos pacientes é do sexo masculino, com idade média de 53,3 anos (Dp=16,9 anos), com doença sistêmica leve ou moderada, sem limitação funcional. A comorbidade mais freqüente foi a hipertensão arterial sistêmica (40,7%). As cirurgias mais realizadas foram gerais (62,7%) que incluíram abdominais, urológicas, ginecológicas, e vasculares de grande porte. A anestesia, predominante, foi geral (92,2%). Tempo de permanência em média 111,6 minutos (Dp=67,8). As complicações mais freqüentes foram dor (54%) e hipotermia (43%). Algumas complicações apresentaram relação estatisticamente significante com relação à intervenção de enfermagem como dor e rotina(p<0,0001); dor e oxigenioterapia (p 0,0013); dor e medicação(p 0,0001) e dor e curativo (p<0,0005). Outra complicação que significante foi agitação/ansiedade com intervenção de enfermagem de rotina (p 0,0194) e agitação/ansiedade com oxigenioterapia (p 0,0099). A complicação hipotensão relacionou-se positivamente com a intervenção de enfermagem hidratação (p<0,0005); exames complementares ( p 0,0381) e observação(p 0,0141). A hipertensão apresentou-se estatisticamente significante somente com a relação à observação (p<0,0005). O tremor apresentou relação, significativa com a colocação de manta térmica (p 0,0171) e transfusão sangüínea (p 0,0445); náuseas e vômitos relacionaram-se com a intervenção rotina(p 0,0004), medicação(p<0,0001) e sondagem vesical de alívio(p 0,0224). O sangramento respondeu significantemente à intervenção de rotina (p 0,0064), medicação (p 0,0008) e curativos (p<0,0005). A hipoxemia foi, estatisticamente significante quando relacionada à rotina(p 0,0002) e a oxigenioterapia (p<0,0001). A hipotermia teve uma relação significativa com rotina (p<0,0001), manta térmica (p<0,0001), medicação (p<0,0001). Dor (p 0,0224), náuseas e vômitos (p 0,0131), agitação (p 0,0490) e sangramento (p 0,0001) são complicações que se relacionaram significativamente de forma positiva à jornada de trabalho quando se fixou um enfermeiro na SRPA

ASSUNTO(S)

período de recuperação pós-anestésica cuidados pós-operatórios enfermagem em sala de recuperação post anesthesia recovering period post operating complications post operating care complicações pós-operatórias nursing at recovering room

Documentos Relacionados