Paratireoides supranumerárias em hiperparatireoidismo primário associado a neoplasia endócrina múltipla tipo 1
AUTOR(ES)
d'Alessandro, André Fernandes, Montenegro, Fábio Luiz de Menezes, Brandão, Lenine Garcia, Lourenço Jr, Delmar Muniz, Toledo, Sérgio de Almeida, Cordeiro, Anói Castro
FONTE
Revista da Associação Médica Brasileira
DATA DE PUBLICAÇÃO
2012-06
RESUMO
OBJETIVO: Avaliação da frequência, da localização anatômica e do número de paratireoides extranumerárias em pacientes com hiperparatireoidismo primário (HPT1) associado a neoplasia endócrina múltipla tipo 1(NEM1), além da avaliação da importância da timectomia e da utilidade dos exames radiológicos para localização destes. MÉTODOS: Foram avaliados de forma retrospectiva 41 pacientes portadores de NEM1 com HPT1 submetidos a paratireoidectomia entre 1997 e 2007. O número de glândulas supranumerárias encontradas e a sua localização foram revisados, assim como a utilidade do ultrassom cervical e do SESTAMIBI (MIBI) de paratireoide como ferramentas diagnósticas. RESULTADOS: Em cinco pacientes (12,2%) foram identificadas glândulas supranumerárias. Em três destes (40%), as glândulas estavam próximas à glândula tireoide e foram encontradas durante a exploração cirúrgica. Os exames de imagem não foram úteis para a localização destas glândulas. Em um caso, apenas o exame anatomopatológico foi capaz de encontrar uma glândula extranumerária microscópica localizada no timo. No último caso, uma quinta glândula foi ressecada por meio de esternotomia após a recidiva do hiperparatireoidismo, cerca de 10 anos após a paratireoidectomia realizada sem timectomia na ocasião. Neste caso o MIBI detectou esta paratireoide apenas após a recidiva da doença. Em nenhum dos casos o ultrassom cervical foi capaz de detectar glândulas extranumerárias. CONCLUSÃO: A frequência de paratireoides supranumerárias em nossa casuística foi significativa (12,2%). Durante a exploração cervical, o cirurgião deve estar atento para localizar glândulas extranumerárias além do timo. Exames de imagem não foram úteis na localização préoperatória dessas glândulas, e em um caso houve recidiva do hiperparatireoidismo.
ASSUNTO(S)
hiperparatireoidismo primário paratireoidectomia ultrassom neoplasia endócrina múltipla tipo 1 glândulas paratireoides
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