Padronização do alergoteste da tuberculina em ovinos (Ovis aries) / Standardization of tuberculin skin reaction in sheep (Ovis aries)

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

A inexistência de padrões nacionais para a realização e interpretação da prova de tuberculina em ovinos motivou o presente trabalho, pois apesar da tuberculose não estar incluída em Plano Nacional de Controle e Erradicação em pequenos ruminantes, estabelece a legislação vigente que é obrigatório o sacrifício de animais com essa zoonose, sendo o diagnóstico firmado nesses animais principalmente através do alergoteste tuberculínico. Assim, esta pesquisa visou além de avaliar reações clínicas provocadas pela resposta imuno-alérgica intradérmica à tuberculina, estabelecer valores de referência para a interpretação da reação em ovinos experimentalmente inoculados com antígenos de cepas padrões de Mycobacterium bovis e Mycobacterium avium. Utilizou-se 30 ovinos, clinicamente sadios, negativos à prova de tuberculina cervical comparativa (TCC), segundo critérios estabelecidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) através do Plano Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PNCEBT) em bovinos e bubalinos, distribuídos por três grupos de 10 animais cada, a saber: A - sensibilizados com M. avium; B - sensibilizados com M. bovis e C (Controle) - que receberam injeção de solução fisiológica. Os ovinos foram monitorados através de exames físicos e complementares semanais. Após 45 dias da sensibilização, realizou-se a prova de TCC com reação medida pela variação da espessura da pele com cutímetro de mola, nos seguintes momentos: antes da aplicação das tuberculinas (PPDs); 12h, 24h, 48h, 72h e 96h após a aplicação das mesmas. Em relação à reação ao PPD bovino, no teste cervical simples, lido às 72 horas (± 6 horas) pós-tuberculinização (p. t.), considerou-se uma reação como positiva, quando o aumento da espessura da pele foi igual ou maior que 2,49 mm; como inconclusiva, com as medidas de aumento entre 1,00 e 2,48 mm, e como reação negativa, aumentos da espessura da pele inferiores a 1,00 mm, sendo estes valores propostos como padrão para o teste intradérmico simples na região cervical. A análise dos resultados da leitura do teste cervical comparativo, realizada às 72 horas (± 6 horas) p. t., permitiu concluir-se que o animal poderá ser considerado com resposta: positiva, quando a reação ao PPD bovino superar aquela ao aviário em pelo menos 2,00 mm; inconclusiva, quando a reação ao PPD bovino for maior que aquela ao aviário, com diferença entre 1,00 e 1,99 mm, e negativa quando a reação bovina for menor que a aviária ou >em até 0,99 mm. Na avaliação histológica das respostas tuberculínicas homólogas, 96 horas após a injeção do PPD, constatou-se a presença de moderado a intenso infiltrado inflamatória, constituído, preferencialmente, por células mononucleares.

ASSUNTO(S)

tuberculin (ppd) sheep tuberculosis tuberculose ovinos tuberculina ppd

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