Padrão de exposição radiológica e preditores de superexposição dos pacientes submetidos a procedimentos cardiológicos invasivos em equipamentos com detectores planos
AUTOR(ES)
Cardoso, Cristiano de Oliveira, Sebben, Juliana Cañedo, Fischer, Leandro, Vidal, Milena, Broetto, Gabriel Garcia, Silva, Bruna Santos da, Vargas, Francine Gonçalves, Fontella, Norton Ramos, Kaufmann, Wagner, Rodrigues, Guilherme Oberto, Medeiros, Rogério Fachel de, Cardoso, Carlos Roberto, Sarmento-Leite, Rogério, Gottschall, Carlos Antônio Mascia
FONTE
Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011-03
RESUMO
INTRODUÇÃO: Procedimentos cardiológicos invasivos expõem pacientes e médicos aos riscos da radiação ionizante. É objetivo deste estudo determinar os padrões e preditores de superexposição radiológica durante procedimentos cardiológicos. MÉTODOS: Estudo de coorte prospectivo que avaliou pacientes submetidos a procedimentos cardiológicos invasivos entre agosto de 2010 e janeiro de 2011 em equipamento com detectores planos. Características clínicas, angiográficas e de exposição à radiação foram registradas em banco de dados específico. Os padrões de exposição à radiação foram determinados em pacientes submetidos a cateterismo cardíaco, a intervenção coronária percutânea eletiva (ICP-e) e a intervenção coronária percutânea ad hoc (ICP-AH). Preditores independentes de exposição à radiação aumentada foram identificados por análise de regressão logística múltipla. RESULTADOS: A população incluiu 670 pacientes, sendo 419 submetidos a cateterismo cardíaco, 137 a ICP-e e 114 a ICP-AH. A dose média de radiação recebida pelos pacientes foi de 561,8 ± 368,1 mGy (cateterismo cardíaco), 1.125,5 ± 1.120 mGy (ICP-e) e 1.293,4 ± 726,3 mGy (ICP-AH). O produto dose-área foi de 37.725,8 ± 27.027,5 mGy.cm² (cateterismo cardíaco), 61.643,1 ± 64.383,7 mGy.cm² (ICP-e) e 77.973,4 ± 49.959,3 mGy.cm² (ICP-AH). Os preditores de exposição radiológica aumentada foram peso [razão de chance (RC) 1,03, intervalo de confiança (IC) 1,01-1,05; P = 0,003], ICP-e (RC 11,9, IC 4,3-33,2; P < 0,001) e ICP-AH (RC 15,5, IC 5,4-43,9; P < 0,001). CONCLUSÕES: Os padrões de exposição radiológica durante procedimentos cardiológicos invasivos usando detectores planos estão abaixo do limite estabelecido pela Agência Internacional de Energia Atômica. Peso e procedimentos de ICP-e e ICP-AH são preditores de superexposição radiológica.
ASSUNTO(S)
cateterismo cardíaco radiação ionizante exposição a radiação controle da exposição a radiação
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