PadrÃes dinÃmicos de transporte e migraÃÃo do zooplÃncton, com Ãnfase nos Decapoda planctÃnicos, da Barra de Catuama, Pernambuco - Brasil / Dynamic patterns of transport and migration of zooplankton at Catuama Inlet (Pernambuco, Brazil), with emphasis on the Decapoda

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

Estudos sobre o fluxo de zooplÃncton entre o Canal de Santa Cruz (CSC) â a partir da Barra de Catuama â e a plataforma costeira adjacente (PCA) foram feitos com o objetivo de quantificar essa troca e definir os mecanismos de transporte e migraÃÃo dos Decapoda planctÃnicos. As coletas foram realizadas durante as marÃs de sizÃgia (05 e 06/08/2001) e de quadratura (11 e 12/08/2001), em intervalos de 3 horas, num perÃodo de 15 horas para a marà de sizÃgia (n = 32 amostras) e de 24 horas para a marà de quadratura (n = 56 amostras). As amostras foram coletadas em trÃs estaÃÃes fixas (EstaÃÃes Meio ou ConvergÃncia, Continente e Ilha) e em trÃs nÃveis de profundidades (superfÃcie, meio e fundo). Com o auxÃlio de uma bomba de sucÃÃo, a Ãgua foi filtrada com rede de plÃncton (300 μm), durante 3 a 5 minutos. Logo apÃs a filtragem, o material foi fixado com formol a 4%, neutralizado com bÃrax. Simultaneamente Ãs coletas biolÃgicas, foram feitas mediÃÃes de velocidade e direÃÃo de corrente, atravÃs de um perfilador acÃstico de corrente (ADCP), alÃm de temperatura, salinidade e oxigÃnio dissolvido. Em laboratÃrio, as amostras foram pesadas, em balanÃa de precisÃo, para determinaÃÃo da biomassa sestÃnica atravÃs do peso Ãmido. Para a anÃlise dos organismos, cada amostra foi totalmente analisada em estereomicroscÃpio. A Barra de Catuama apresentou uma grande variabilidade nos dados de biomassa sestÃnica e zooplÃncton, com valores relativamente elevados, sobretudo durante a sizÃgia. O transporte instantÃneo mÃdio da biomassa foi de 98.10Â75.92 mg*m -2 *s -1 , durante a sizÃgia, e de 31.46Â26.52 mg*m -2 *s -1 , durante a quadratura. Os maiores picos de transporte de biomassa estiveram associados a grandes densidades de Brachyura, Calanoida e Sergestoida. Quanto ao transporte mÃdio de organismos, os valores foram de 831.47Â1192.53 org*m-2*s-1, durante a sizÃgia, e de 342.33Â445.80 org*m-2*s-1, durante a quadratura. Os maiores valores de transporte de biomassa e organismos foram observados durante o perÃodo noturno (enchente e vazante). Os fluxos de importaÃÃo e exportaÃÃo nÃo apresentaram diferenÃas significativas, sugerindo que em determinados perÃodos os valores possuir uma mesma ordem de magnitude. Provavelmente, estes dados podem ser em decorrÃncia da forte influÃncia marinha existente na Ãrea estudada, ocorrÃncia de frentes estuarinas dentro do CSC, Ãpoca de baixa liberaÃÃo de larvas e forte impacto de peixes planctÃvoros sobre o meroplÃncton. A anÃlise estatÃstica mostrou acÃmulos significativos de zooplÃncton nas zonas de convergÃncia apenas durante o perÃodo diurno, considerando as trÃs estaÃÃes, refletindo que durante a noite, alÃm das zonas de convergÃncia, alguns taxa utilizam outros mecanismos de transporte. Foram identificados 29 taxa de Decapoda planctÃnicos, destacando-se os estÃgios iniciais de Lucifer faxoni, Acetes americanus, Pinnixa spp., Ocypodidae Morfotipo A, Uca spp., Petrolisthes armatus, Upogebia spp. e Alpheidae. A maior parte dos taxa registrados possui migraÃÃo vertical em sincronia com as fases de marà e o fotoperÃodo. O CSC atua, provavelmente, como Ãrea de reproduÃÃo para os Sergestoida, jà que foi detectado um importante fluxo (tanto de importaÃÃo quanto de exportaÃÃo), de todos os estÃgios de desenvolvimento desta espÃcie. A funÃÃo dos estuÃrios tropicais como fonte de larvas de Decapoda do CSC para Ãreas costeiras foi confirmada no presente estudo. Os dados apresentados mostraram que larvas de Decapoda sÃo exportadas do CSC para a PCA, mas o elevado nÃmero de estÃgios larvais em grande parte dos taxa identificados sugere que o desenvolvimento destas espÃcies ocorre na regiÃo prÃxima à Barra de Catuama

ASSUNTO(S)

oceanografia biologica decapoda planctÃnicos â transporte e migraÃÃo vertical â estuÃrios â barra de catuama, itamaracÃ, pe larvas de decapoda â estratÃgias de exportaÃÃo e retenÃÃo oceanografia biolÃgica - zooplÃncton

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