Oximetria do estômago: estudo comparativo entre vagotomia gástrica proximal e seromiotomia da curvatura gástrica menor anterior com vagotomia troncular posterior na úlcera duodenal crônica

AUTOR(ES)
FONTE

Revista da Associação Médica Brasileira

DATA DE PUBLICAÇÃO

2002-12

RESUMO

Retardo do esvaziamento gástrico de alimentos sólidos ocorre mais intensamente depois de vagotomia gástrica proximal (VGP) que após seromiotomia da curvatura gástrica menor anterior com vagotomia troncular posterior (SMAVTP), podendo estar relacionado à hipóxia da parede gástrica e, principalmente, do marcapasso gástrico. OBJETIVO: Determinar a repercussão da desvascularização cirúrgica da curvatura menor e do fundo gástrico no estômago como um todo e, particularmente, na região do marcapasso. MÉTODOS: Mediu-se a saturação de oxigênio da hemoglobina (SpO2) intra-operatória, por oximetria de pulso, da parede gástrica anterior em 20 portadores de úlcera duodenal crônica, alocados casualmente em dois grupos de 10 pacientes para tratamento cirúrgico por VGP ou SMAVTP. RESULTADOS: As medições, obtidas antes de fundoplicatura parcial, mostraram que o fundo gástrico e a curvatura menor proximal tiveram redução significante da SpO2 quando comparados ao corpo gástrico (p < 0,05); que a SpO2, na região do marcapasso gástrico, não sofreu alteração estatisticamente significante; que a associação entre ligadura dos vasos gástricos curtos e VGP ou SMAVTP reduziu significantemente a SpO2 (p < 0,05); e que a técnica da VGP resultou em SpO2 significantemente menor que a SMAVTP (p < 0,05). CONCLUSÃO: A VGP, quando associada à ligadura dos vasos gástricos curtos, produz alterações isquêmicas agudas da parede gástrica, na região da curvatura menor proximal e do fundo gástrico, mais intensas que a SMAVTP. A região do marcapasso gástrico não sofre hipóxia imediatamente após os procedimentos operatórios.

ASSUNTO(S)

estômago Úlcera duodenal vagotomia gástrica proximal oximetria relógios biológicos

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