“... Ou Como Ter Ontological Blues”: notas sobre a vida no tempo da morte durante os bastidores de um axexê
AUTOR(ES)
Meira, Thomás Antônio Burneiko
FONTE
Relig. soc.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2018-04
RESUMO
Resumo Este artigo remete a uma pesquisa mais ampla, acerca das agências de seres imateriais em uma casa de candomblé, na qual sou iniciado. O texto trata de uma crise vivenciada durante o rito funerário do axexê, quando fui “afetado” por intensidades provenientes do tempo dos mortos, e que, sob o aporte da “virada ontológica” na antropologia, me permitem ver o terreiro por influência de realidades distintas - a dos vivos e a dos falecidos -, e não pela pluralidade das visões do mundo. Sugiro, então, uma releitura da noção de anthropological blues, tanto para cobrir as afecções dos etnógrafos cujas análises extrapolam as premissas relativistas, mas também como possibilidade de se criar proposições teóricas em efetiva continuidade com as premissas nativas.
ASSUNTO(S)
relativismo anthropological blues virada ontológica candomblé ritos fúnebres
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