Os tempos da Ladeira da Preguiça: Etnografia de longa duração de uma micro localidade do centro histórico de Salvador
AUTOR(ES)
Uriarte, Urpi Montoya
FONTE
Revista de Antropologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2022
RESUMO
RESUMO Este artigo descreve e reflete sobre dois tempos que coexistem no espaço atual da Preguiça, uma das várias micro áreas que compõem a poligonal do Centro Histórico de Salvador (CHS). Trata-se de um velho “tempo do fechamento”, fruto de mudanças estruturais na cidade de Salvador, que se desenvolveram a partir da segunda metade do século XIX, e de um novo “tempo de (re)abertura”, forjado muito recentemente pelo esforço de alguns e algumas jovens moradores e moradoras da Preguiça, que criaram e mantêm o Centro Cultural Que Ladeira É Essa? Esses tempos foram captados e analisados mediante o método etnográfico (num trabalho de campo que vem sendo efetuado desde inícios de 2019) e o método histórico (com pesquisa em fontes históricas e na historiografia, realizada em 2018). Ambos os métodos nos permitiram relacionar os séculos XIX, XX e XXI e encontrar uma impressionante continuidade entre o que a Preguiça foi (abertura) e o que seus moradores atuais esperam que ela seja no futuro (reabertura), rejeitando abertamente o que se fez dela no século XX, até o presente (fechamento).
Documentos Relacionados
- Benditos da Ladeira do Horto: uma breve etnografia do silêncio
- Limpando o mundo do germe da preguiça: higiene, saneamento e população javanesa no Suriname
- O Coletivo (com) Preguiça: encontros, fluxos, pausas e artes
- Uma crise de longa duração
- Seleção de modelos de tempos com longa-duração para dados de finanças