Os perigos subsumidos na contracepção de emergência: moralidades e saberes em jogo
AUTOR(ES)
Brandão, Elaine Reis, Cabral, Cristiane da Silva, Ventura, Miriam, Paiva, Sabrina Pereira, Bastos, Luiza Lena, Oliveira, Naira V. B. Vidal, Szabo, Iolanda
FONTE
Horiz. antropol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2017-04
RESUMO
Resumo O tema da “contracepção de emergência” desperta bastante inquietação social no Brasil. O termo remete a noções como “risco de engravidar”, “sexo desprotegido”, (ir)responsabilidade ou (ir)racionalidade prévia ao exercício sexual, contrariando normas sanitárias que postulam necessidade de proteção à gravidez e às doenças sexualmente transmissíveis nas práticas sexuais. Ao contrário da pílula anticoncepcional de uso regular, que conta com maior aceitação social, a contracepção de emergência desperta muitas controvérsias. Discute-se esse desconforto em relação ao método, a partir de pesquisa com farmacêuticos e balconistas de farmácia sobre o tema. Duas perspectivas analíticas são exploradas: a primeira é a estratégia que assinala perigos e potenciais riscos à saúde que esse contraceptivo provocaria, com vistas à regulação dos corpos femininos, em especial, jovens e pobres, onde a reprodução é temida. A segunda discute o agenciamento feminino que o uso da contracepção de emergência evidencia, perspectiva que pode estar ferindo hierarquias morais e sociais, de classe e de gênero.
ASSUNTO(S)
contracepção de emergência gênero moralidades sexualidade
Documentos Relacionados
- Adolescência e contracepção de emergência: Fórum 2005
- Hormônios sexuais, moralidades de gênero e contracepção de emergência no Brasil
- Gravidez ectópica após uso de contracepção de emergência: relato de caso
- O acesso à contracepção de emergência como um direito? Os argumentos do Consórcio Internacional sobre Contracepção de Emergência
- Atendimento em unidade de emergência: organização e implicações éticas