Hormônios sexuais, moralidades de gênero e contracepção de emergência no Brasil
AUTOR(ES)
Brandão, Elaine Reis
FONTE
Interface (Botucatu)
DATA DE PUBLICAÇÃO
05/04/2018
RESUMO
Propõe-se discutir juízos sociais distintos sobre o crescente uso de hormônios sexuais, para fins contraceptivos ou não, prática cada vez mais abrangente no contexto internacional e no Brasil. Há uma expansão vertiginosa de indicações clínicas para uso de hormônios sexuais em diferentes circunstâncias da vida (como envelhecimento, embelezamento, melhoria de performance sexual e física), sendo tais inovações tecnológicas propagadas com entusiasmo pela mídia. Paradoxalmente, convive-se com certa reserva ao uso da contracepção de emergência pelas jovens mulheres. A despeito da popularização do conhecimento científico sobre hormônios sexuais como fontes de aprimoramento humano, a difusão e uso da contracepção de emergência, aprovados há vinte anos no Brasil, com indicações clínicas precisas, continuam marginais e sofrendo restrições, em um país no qual o aborto segue interditado às mulheres. A hipótese considera uma perspectiva de gênero que subjuga o exercício da sexualidade feminina a determinados padrões morais vigentes.
ASSUNTO(S)
hormônios sexuais anticoncepção sexualidade gênero métodos contraceptivos
Documentos Relacionados
- MORALIDADES, RACIONALIDADES E POLÍTICAS SEXUAIS NO BRASIL CONTEMPORÂNEO
- Os perigos subsumidos na contracepção de emergência: moralidades e saberes em jogo
- Contracepção de emergência no Brasil: desafios para a assistência farmacêutica
- Juventude, gênero e práticas sexuais no Brasil
- Direitos sexuais, políticas públicas e educação sexual no discurso de pessoas com cegueira