Os mártires de Bernard: a sensibilidade do animal experimental como dilema ético do darwinismo na Inglaterra vitoriana

AUTOR(ES)
FONTE

Sci. stud.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012

RESUMO

O presente trabalho investiga as implicações éticas do uso de animais experimentais na Inglaterra vitoriana com o advento do darwinismo, a partir de meados do século XIX. A tese darwiniana da origem comum entre animais e humanos, por um lado, afirmava a importância e justificava cientificamente o uso de animais em estudos de fisiologia experimental, mas, por outro lado, também fortalecia o questionamento da legitimidade moral da exploração dos animais pela ciência. Isso porque se o animal darwiniano figurava como um modelo experimental ideal, ele também era visto como um ser sensível, que compartilhava com os humanos a suscetibilidade ao sofrimento físico e emocional. Discutem-se também os aspectos de continuidade e de transformação sofridos pelo animal vitoriano com o advento do darwinismo e o alvorecer da fisiologia experimental na Inglaterra da segunda metade do século XIX, dando especial ênfase s implicações éticas - amplamente levantadas então pelos adeptos do movimento antivivisseccionista, como Frances Power Cobbe - quanto ao emprego de animais domésticos em experimentos fisiológicos.

ASSUNTO(S)

darwin darwinismo cobbe fisiologia experimental vivissecção antivivisseccionismo cão animal darwiniano inglaterra vitoriana Ética animal

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