Olimpíadas de ciências: uma prática em questão
AUTOR(ES)
Rezende, Flávia, Ostermann, Fernanda
FONTE
Ciência & Educação (Bauru)
DATA DE PUBLICAÇÃO
2012
RESUMO
Neste trabalho questionamos a prática das olimpíadas escolares como uma das medidas de Estado que, pretensamente, visam à melhoria do ensino nas escolas públicas e, mais fortemente, as olimpíadas das ciências naturais, área de conhecimentos historicamente excludente. Com base na perspectiva histórico-cultural sobre aprendizagem, argumentamos contra a competitividade e a favor da colaboração nos processos educativos. A partir de análises da desigualdade escolar balizadas pela sociologia da educação, colocamo-nos contra a competição injusta entre estudantes já pré-selecionados por seu capital cultural. Defendemos que a interação, a colaboração e a democracia são valores defensáveis tanto do ponto de vista cognitivo ou educativo quanto do ponto de vista da formação humana. Concluímos sobre a necessidade de se investir em políticas que não sirvam apenas como tapa-buraco das condições ainda precárias da escola pública brasileira e que fomentem valores que possam produzir transformações na sociedade desigual em que vivemos.
ASSUNTO(S)
ensino de ciências olimpíada escolar política educacional competitividade
Documentos Relacionados
- A biologia nos museus de ciências: a questão dos textos em bioexposições
- PRÁTICA DE ENSINO DE CIÊNCIAS: O MUSEU COMO ESPAÇO FORMATIVO
- Formação continuada de professores de ciências: o potencial de uma proposta coletiva na transformação da prática docente
- O PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM DE CIÊNCIAS: DESAFIOS DOCENTES PARA A PRÁTICA PEDAGÓGICA
- A PERMANÊNCIA NA CARREIRA DO PROFESSOR DE CIÊNCIAS: UMA LEITURA BASEADA EM CHARLOT