O verão, o universo e o inverso : sobre o modo de vida de comunidades residentes na região do Parque Nacional dos Lençois Maranhenses

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

1997

RESUMO

As comunidades dos Lençóis Maranhenses (MA) convivem com as mudanças marcantes dos ritmos naturais e são afetadas pelas transformações causadas pelo turismo, urbanização e pesca predatória. Estão também sujeitas à interferência de Unidades de Preservação que se preocupam com ecossistemas, mas parecem desatentas aos habitantes tradicionalmente locais que se sujeitam à degradação e à necessidade de preservação ambiental, embora não as tenham gerado. O modelo de preservação que afasta o ser humano, impede que se conheçam e respeitem os manejos locais, frutos dos saberes locais. Muitas vezes sequer protege os ecossistemas já que as fronteiras dos parques nem sempre são definidas por critérios ecológicos. Propus-me caminhar em direção à compreensão do modo de vida nos "Lençóis Maranhenses", através das relações dos indivíduos com a natureza, buscando conhecer as noções locais de degradação / preservação ambiental e criticar a delimitação do Parque Nacional existente ali. A análise privilegia os diversos níveis de interação do ser humano com seu meio (produção, moradia, técnicas, concepções) levando em conta noções de tempo, espaço e lugar. Também considera o uso de recursos e o modo como as várias comunidades se representam e se organizam no espaço; o que revela a importância dos deslocamentos de pessoas e coisas para a compreensão da dinâmica da região e para expor a fragilidade da fronteira da unidade de conservação

ASSUNTO(S)

trabalhadores rurais pescadores parques nacionais - maranhão homem - influencia sobre a natureza

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